Saturday, 27 May 2017

Na Cimeira dos G7 o mundo se apercebe que reta de dançar o nacionalismo económico do "America Fist"

Dos várias estreiantes nas Cimeiras dos G7 na Taormina, Sicília na Itália (não fosse esta a casa da máfia siciliana), Teresa May, Trump e Macron, os líderes das ditas Nações mais poderosas do mundo e que representam quase metade da economia mundial, só conseguiram consensos somente num ponto: luta contra o terrorismo e um pouco a manutenção das sanções contra a Rússia e a questão da Ucrânia.
O G7 incapaz de entendimento com os EUA na luta contra o aquecimento global
Os outros seis países (França, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Itália e Japão) não conseguiram de forma civilizada convencer o presidente yankee (EUA) a abraçar os Acordos de Paris sobre as alterações climáticas e a necessidade de aumentar o comércio mundial respeitando o Ambiente,
nem demover-lo a manter aberto o comércio mundial e muito menos a importar-se com a crise dos refugiados africanos e do Médio-Oriente para Europa.
Orgulhosamente, o presidente yankee, no meio de empurrões e trambolhões para sair bem na foto, continuo a sua caminhada orgulhosamente isolacionista de "América first" e exigências para que os outros 23 dos 28 membros da NATO apliquem 2% dos seus orçamentos na defesa. Algo que pode exigir por não perceber como as prioridades orçamentais são feitas nos outros países, já que no dele, o presidente é tão poderoso e é capaz de passar um aumento de despesas militares na ordem de 23% nem que para tal tenha que retirar ou deixar que 23 milhões de compatriotas seus sem seguro de saúde. Também tomara, em termos de despesas militares, os EUA não só tem o maior orçamento militar do mundo como também é o maior se combinado os orçamentos dos outros países do G7 mais a Rússia e China juntos, mas não lhe chega, quer mais.
Outros tempos, outras liderancas: "America First"

O paradoxo é que ninguém fala da necessidade dos países industrializados de aplicarem 0.7% dos seus orçamentos para a Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (ODA) que quase todos os países dos G7 nunca honraram desde os anos 60s. Aliás, mesmo o incumprimento dos Objcetivos para o Desenvolvimento do Milénio (ODM 2000-2015) não foi cumprido exactamente exacerbado pelo défice de financiamento dos países industrializados. Neste andar, principalmente com pensar do presidente yankee de "América first" e ficando ele na Casa Branca nos próximos 8 anos, corre-se o risco de não se financiar também os novos Objectivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS -2015-2030), porque ele acha que não se deve financiar aos pobres e nem programas para o seu empoderamento.

O problema da luta contra o terrorismo, é que foi com essa abordagem que o Ocidente liderou a queda de Kadhafi e se esta a destruir a Síria e o Yemen e se quer confrontar o Irão violando-se o básico princípio da soberania dos Estados e o direito dos povos determinar a escolha dos governantes quando os yankees acham-se que deviam ser eles a determinar quem deve governar nos outros países.
Ficaram as saudades: "o Planeta primeiro antes do lucro"

Sabe-se que em termos práticos, mesmo que o incumbênte afirme o contrário, o presidente yankee é que nem um polícia mundial e como tal lidera as tendências das questões globais quer pela positiva ou pela negativa. E , para África que não tem dinheiro como a Arábia Saudita que proporcionou a atração de negócios na ordem dos $480 mil milhões(dos quais $110 mil milhões para compra de armamento) para comprar o presidente yankee sair da sua tendências isolacionistas e islamofóbica e fazer a primeira paragem da sua primeira viagem ao estrangeiro não se vislumbra quando é que o actual inquilino da Casa Branca poderá dedicar um segundo da sua atenção para o continente negro.

FÚRIA DA CHINA SOBRE O RATING DA MOODY: RECESSÃO A ORIENTE OU POLITIQUICES...

Será que o atrevimento da agência de rating Moody em baixar o rating da dívida soberana de longo prazo da China da Aa3 para A1, apesar da China continuar a ser a segunda maior economia do mundo e em rota para ultrapassar os EUA, é prenúncio de uma ressecção a escala mundial ou mais um passo na erosão da credibilidade das agencias de rating do (desumanos) sistema capitalista mundial?

Se olharmos a evolução dos ratings (classificação ou notação do risco) da Moody, sendo esta uma agência de notação/rating americana, que prenuncia uma possível crise da divida soberana da China temos que perceber como  é  que se classifica as solvências ou insolvência da mesma para podermos perceber porque a China está furiosa com este rating da Moody, senão vejamos.

Se uma agência de notação de risco, é uma empresa que, por solicitação de clientes, qualifica determinados produtos financeiros ou activos (tanto de empresas, como de governos ou países), avalia, atribui notas e classifica esses países, governos ou empresas, segundo o grau de risco de que não paguem suas dívidas no prazo fixado. Quando esse risco de inadimplência se refere a operações de crédito concedido a um Estado soberano ou ao seu Banco Central, é chamado risco soberano. Quando o risco se refere contratos de crédito firmados com a totalidade dos agentes (públicos, incluindo entidades internacionais e não soberanas, ou privados) de um país, utiliza-se a expressão risco país. Cada agência de notação de risco possui uma rating/taxonomia própria. Quanto maior for a probabilidade de moratória do agente, pior será a sua nota ou a sua classificação. Geralmente, utiliza-se a escala A, B, C, D. Na escala da Moody, a melhor classificação é Aaa; a pior é C. Notas acima de BBB- ou Baa3 dão ao agente o grau de investimento, enquanto que os classificados abaixo dessa nota recebem o grau de especulação ou lixo.

Mesmo que existam muitas agências de rating espalhadas pelo mundo (todas privadas), apenas quatro (a Fitch, a Moody’s, a Standard & Poor's, todas norte-americanas, e a canadiana DBRS) são reconhecidas mundialmente para avaliar o risco de estados e empresas e tem magnatas como Carlyle ou Warren Buffet como alguns dos grandes investidores.

Para entendermos do porque a China estar furiosa, é que um dos problemas é que sendo empresas privadas cujo objectivo é o LUCRO, e cobram comissões as avaliações de riscos aos estados/empresas o que traz, então, um conflito de interesses: uma empresa paga a agência para ser avaliada, e a agência, para manter o cliente, pode fazer uma análise mais positiva dessa empresa. E Isto foi visto durante a crise financeira de 2005-2007 onde se viram muitas agências de notação trabalhavam sobre títulos e produtos financeiros que mal conheciam o verdadeiro risco. Como as avaliações eram dadas notas artificiais e inflacionadas, quando chegou a altura de cobrar muitos títulos ficaram sem pagamento para os seus detentores por inadimplência dos países emissores. A crise criou um problema de credibilidade destas agências, e um problema que se mantem até hoje

Outro problema é  quem financeiramente supervisiona financeiramente estas agencias, são os governos onde têm as suas sedes, e as das quatro mais importantes três são reguladas nos EUA. Existe uma dependência em relação ao poder político onde estão sediadas a quem prestam contas o que não há em relação a outros países. E a forma como se avalia determinados países pode ser influenciada pelo tipo de poder do dia, neste caso a administração Trump e o seu “America First”.  Daí que seja pouco provável que estas agencias se atrevam a dar uma avaliação de “lixo” aos EUA como deram a vários países nu mundo incluindo Moçambique.  Como as agencias de rating não são todo-poderosas na economia mundial ou nas economias onde estão domiciliadas, precisam do poder político. Neste caso, o poder que a Moody detêm em relação a qualquer estado decorre das regras determinadas pelo governo dos EUA. E quando a Moody diz, por exemplo, que só compre activos de um país se a classificação/notação for acima de "lixo", o que estão a fazer é delegar uma grande e todo-poderosa influência. Mas é o Governo dos EUA que confere a esta agencia de rating o poder que têm, o de secar a torneira do crédito a um determinado país. Esta actuação da Moody pode também ser lida como um instrumento político de pressão financeira sobre os estados igual a que foi dada através do Banco Mundial e FMI. Ao dar esse poder às agências de rating estão a dizer aos estados-membros para se comportarem de determinada maneira ou, em alternativa, a alterar o comportamento financeiro desses países, o que lhes condiciona muito a sua política financeira. Preocupações de que estas agencias podem não estar agindo de forma isenta , pode ser o que originou o enfurecimento da China.

Como a escala, no mínimo, significa alta probabilidade de não pagamento das dívidas dentro do prazo acordado e, no topo, total capacidade de pagamento, uma letra ou um conjunto de letras com um mais ou um menos à frente são suficientes para destruir toda uma economia, todo um país, toda uma população, ter de mudar de vida e apertar o cinto, daí o poder enorme destas agências de notação financeira.

Para quem investe dinheiro é essencial ter uma noção do risco de um país/ empresa em relação a outras ou até de o risco relativamente ao futuro. Ao emprestar dinheiro à país/empresa, o investidor pretende ter de volta o capital. Os títulos de dívida do país/empresa podem ser assim comparados pelos investidores, tendo em conta o risco. Quanto mais arriscados os investimentos, maior a taxa de juro que o devedor pagará, é essa análise que os investidores decidem se investem ou não.

A evolução do rating/taxonomia de uma crise é observada através da dinâmica da dívida e do défice orçamental tomando como base os limites de Maastricht (100%) como um limiar crítico para a sustentabilidade como referência. A combinação do rácio da dívida em percentagem do PIB (D) com o saldo corrente em percentagem do PIB (SO) permite a caracterização da situação de um país tendo uma dívida: 
A dívida é INSUSTENTÁVEL quando é [D > 100 e SO > 3];  
A dívida é  CRÍTICA quando  [D > 100 e SO < 3 e D < 60 e SO > 3];  
A dívida é PREOCUPANTE quando [D > 60 e SO < 3, D < 60 e SO > 3];
A dívida é  CONFORTÁVEL quando [D < 60 e SO < 3]

Olhando a definição de como se faz o rating, a dívida da China em % do PIB  (D) é  de 42.90% e o Saldo Orçamental (SO) é  -3.80. Ou seja, com as receitas do Estado situados +-$16 Biliões, o país gasta (gastos públicos) +-$18 Biliões o que cria um salto negativo digamos de $2 biliões, com um risco de crédito 79.5. As cinco ultimas classificações da Moody foram Novembro 2009-A1 positivo, Novembro 2010-Aa3 Positivo, Abril 2013-Aa3 estável, Março 2016  Aa3 negativo, e Maio 2017-A1 estável.

Se comparamos a China das outras duas principais economias do Mundo, Japão e EUA, veremos que: a dívida do Japão em % do PIB  (D) é  de 250%e o Saldo Orçamental (SO) é  -4.50. Ou seja, com as receitas do Estado situados +-$16 Biliões, o países gasta (gastos públicos) +-$106 Biliões o que cria um salto negativo digamos de $44 biliões, com um risco de crédito 77.6. A ultima classificação do Moody é de A1 estável em Dezembro de 2014, precedida da de Agosto 2014-Aa3 estável, Maio 2011-Aa2 negativa sob vigilância, Fevereiro 2011-Aa2 negativa e Maio 2009-Aa2 estável;  e a dívida dos EUA em % do PIB  (D) é  de 104.17% e o Saldo Orçamental (SO) é  -3.20. Ou seja, com as receitas do Estado situados +-$455 Biliões, o países gasta (gastos públicos) +-$18 triliões o que cria um salto negativo digamos de $18 triliões, com um risco de crédito 97.00 %.00. A ultima Classificação do Moody foi em Junho de 2013-Aaa Estável, precedidas de Agosto 2011-Aaa negativo, Julho 2011-Aaa negativo sob vigilância, Fevereiro 1949 Aaa estável. Lembremos que a ultima crise financeira e recessão dos EUA foi nos anos 2005 a 2007 (criado pelos Lehman Brothers durante a administração W. Bush) e Administração Obama debelou de 2008 a  2012.  

Apesar de não ter nada a ver com este post, abriria um parêntesis aqui para termos uma ideia do porque a China esta furiosa com o rating da Moody, vamos ilustrar as classificações que ela deu a Moçambique: Julho 2016-Caa3 negativa sob vigilância, Maio 2016-Caa1 negativa sob vigilância (a famosa de lixo), Abril 2016 Caa1 estável, Março  2016 B3 negativa, Dezembro 2015-B2 negativa sob vigilância, Agosto 2015-B2 negativa, Setembro 2013-B1 estável. A divida de Moçambique que se estima que esteja a 135% do nosso PIB, ou seja $11 biliões (e não quero discutir a legalidade da mesma aqui), foi maioritariamente contraída por causa de factores como  globalização e liberalização financeira mundial que permite práticas de alto risco nos mercados de crédito encorajadas pelas condições de crédito fácil e barato. Foi a existência de crédito fácil  (dinheiro a mais para emprestar) no mercado internacional que levou o governo a dar aval aos empréstimos contraídos pelas empresas PROINDICUS, EMATUM e MAM aos bancos Credit Suisse International e VTB Capital, em mais de $2 biliões. Quando existe muito dinheiro para emprestar que os bancos são capazes de te empurrar para contrai-lo, o problema será sempre como pagar.

Voltando o essencial deste post, os títulos da dívida soberana da China eram considerados mais ou menos seguros, isto é, a capacidade do Governo Chinês para pagar a divida, que diga-se de passagem é até  maioritariamente de investidores internos. O que era inquestionável desde 1898 (ano do massacre de Tiananmen), a capacidade da China pagar a sua divida, foi posto em causa pela Moody. O principio é as agencias de rating não mexem a classificação de risco de crédito de um países só por mexer. Quando mexem é prenúncio de que há problemas.

A Moody não acredita que o rácio de dívida, total e acumulada da China seja sustentável, ou seja,  a Moody não acredita no crescimento económico da China continue nos actuais 7% a 10%. E sendo uma economia virada também as exportações, a sua desaceleração deixaria um excesso a sua capacidade industrial e imobiliária o que põe nervoso todo mundo.  Uma desaceleração de uma economia com tentáculos mundiais como a China que é detentora de títulos das dividas soberanas   de países como os EUA já podemos imaginar o reboliço que isto esta causar. 

Por outra lado, se esta classificação, diga-se  de passagem está muito longe dos níveis de inadimplência, for infundada reacende o debate que os europeus uma vez disseram que iriam criar as suas próprias agencias de rating para não ficar dependente das avaliações das americanas, que noutras vezes  falham nas suas avaliações o que põe em risco a sua credibilidade. Por exemplo, a credibilidade e independência das agências de rating falhou durante a crise financeira que começou nos Estados Unidos em 2005-2007 com as especulações super elevadas no sector imobiliário ou quando a Islândia que, tendo um rating muito elevado, entrou em bancarrota por estar em situação de inadimplência muito agudo. É disso que poder estar a levar que a China esteja furiosa e questione a relevância dessa avaliação se bem que nenhum mercado ou país seja obrigado a aceita estes ratings.  

Wednesday, 24 May 2017

QUE ILAÇÕES A ORDEM DOS ADVOGADOS DE MOÇAMBIQUE PODE TIRAR DA SOLICITAÇÃO DE IMPEACHMENT AO PRESIDENTE MICHEL TEMER PELA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL?

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) http://www.oab.org.br/é apesar da corrupção que grassa o Brasil, provou ser uma instituição forte, integra, e na verdade muito interventiva. Quase um estado dentro do estado o que dignifica a classe dos magistrados e advogados daquele país que parece ser um dos mais corruptos do mundo (no ranking da desonestidade, suborno e negociatas)...

Se compararmos aos recentes pronunciamentos da antiga Ministra da Justiça, Benvinda Levi que dando conta que a classe dos magistrados e advogados em Moçambique estão em conluio com o mundo do crime, e o facto do Conselho Superior de Magistratura Judicial ser corporativista e preferir proteger os seus membros e nunca processar e julgar suspeições contra seus membros, "protegendo aquilo que não se protege" e aliado o facto de que as forças de defesa e segurança no Brasil e as instituições judiciais estarem a lutar contra o mundo do crime em campanhas como o mensalão que duram 12 anos e lava jato a 3 anos, mostra a resiliência da classe no combate ao crime organizado incluindo o corporativismo da classe.

Isto não quer dizer que todos os magistrados e advogados no Brasil são honestos ou que toda a classe seja desonesta em Moçambique, mas é surpreendente saber que neste momento estão a ser investigados 1800 políticos no Brasil (não sei se resta algum) é a OAB que solicitou formalmente o impeachment do Presidente Michel Temer por três crimes de responsabilidade: corrupção passiva, obstrução à justiça e associação criminosa envolvendo directamente no escândalo de corrupção causado por um acordo judicial firmado pelos irmãos e donos da produtora de carne brasileira JBS, Joesley Batista e Wesley Batista. O Crime do Presidente Temer foi de ter violado a Constituição da República e a Lei do Servidor Público ao ter ficado calado, quietinho no seu canto e não informar à autoridade judiciais sobre as atitudes ilícitas que ouviu Joesley Batista dizer: “que teria corrompido três funcionários públicos: um juiz, um juiz substituto e um procurador da República”. Michel Temer, como Presidente da República, omitiu o seu de seu dever legal de agir ao ficar sabendo de uma prática delituosa. 

Aqui o crime não é se o Presidente recebeu dinheiro ou não, mas sim o facto de que como Presidente ou mesmo qualquer funcionário publico  ao tomar conhecimento de um acto criminal ou delinquência contra o estado que ele jurou defender, deve tomar medidas, informando as autoridades do que tomou conhecimento. Não informando, virão então os três crimes de responsabilidade: corrupção passiva, obstrução à justiça e associação criminosa. Outro sim é o facto de que Temer faltou com a ética exigida ao cargo de Presidente ao se encontrar com o empresário Joesley Batista sem registo da agenda e ter prometido agir em favor de interesses particulares.


Mas porque eu tiro chapéu a OAB sem querer compara-la com a Ordem dos Advogados de Moçambiquehttp://www.oam.org.mz/? É que a intervenção da OAB em qualquer assunto na sociedade é jurídica. No caso de impeachment de Temer, existem vários pedidos ou denúncias que foram protocoladas na Câmara mas na maioria são políticas (solicitados pelos partidos da oposição), mas o da OAB é o único pedido de impeachment jurídico. Além disso, a OAB também participou solicitando o impeachment do Ex. Presidentes Collor de Mello e Dilma Rouseff. Além disso a OAB também é famosíssima em contestar inconstitucionalidades no sistema legislativo Brasileiro

Friday, 19 May 2017

Quer se conhecer realmente um Homem? Dê-lhe poder

Como Aristóteles, que viveu entre 384-322 A.C. disse: “O homem guiado pela ética é o melhor dos animais; quando sem ela, é o pior de todos” Maquiavel que viveu mil anos depois (1468-1527) influenciado por ele disse: "Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é"  e  Abraham Lincoln (1809-1865) também disse que: Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder,” mas a realidade é que entre cordeiros e lobos a fé nos pede um pouco de coragem.

Mas entre estes todos filósofos esta Jesus disse: "eu vos envio como cordeiros no meio dos lobos" Lucas 10:3. Como Jesus não engana também disse: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores" Mateus 7:15. 


É preciso saber agir pois o lobo não só mata o cordeiro por fazer parte da sua cadeia alimentar, como o capim é para o cordeiro, mas simplesmente por ser traiçoeiro, homicida e criminoso quando age somente para aniquilar. É muito mais perigoso se infiltra no rebanho travestido de cordeirinho, manso e amável.
Contra isso Jesus ainda adverte: "sede espertos como as serpentes e simples como as pombas" Mateus 10:16.


É certo que muitos de nós os temos muito horror de ser cordeiros temos horror de lobos ou serpentes, mas a clareza da mensagem de Jesus é inquestionável actual e presente nos dias de hoje.

No caminho do dia-a-dia o confronto é real e não há como fugir dele. É muitas vezes como ovelhas ou cordeiros esperamos que o pastor apareça e munido de coragem nos defenda contra a alcateia., como se o cordeiro não fizesse parte da cadeia alimentar do pastor.


Nessa defesa contra os lobos o pastor nunca irá pôr a sua vida em risco contra os lobos, pois este também sorriem hienamente nos seus gritos, pedras e paus que atira contra os lobos. Como diz Abraham Lincoln, pode-se entender que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não se pode conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe um Deus"
Precisamos de ser espertos para encurralar o lobo, mas sabemos que estando encurralado: o lobo também pede clemência e roga para que o perdoem.

Somente enviando uma SMS ao criador, quando o nosso coração bater descontroladamente perante presença dos lobos, podemos reverter a cadeia alimentar e fazer com que os lobos comam também capim!

Como existe a famosa filosofia que diz que "basta dar poder para uma pessoa para conhecê-la de verdade." Tal filosofia propaga a ideia de que, uma vez tendo a possibilidade de estar por acima dos demais, a pessoa pode mostrar-se grandiosa ou medíocre esquecendo-se que pela mesma escada com que sobe na vida, tera que desce-la e encontrar as mesmas pessoas que o viram subir. 

Os grandiosos são aqueles que, diante dos humildes, se curvam e, perante os poderosos, não baixam a cabeça. E nao esquecem que tudo o que voa vem para baixo se alimentar. Já os medíocres, que são os que existem em demasia, estes fazem questão de tripudiar dos humildes e vestem pele de cordeiro e engraxadores para parecerem humildes perante os poderosos, tendo ainda a fanfarronisse de profissionais lambe botas se declararem humildes e boas pessoas. 

E note-se que, na maioria dos casos, nem é necessário conceder-lhes tanto poder assim, basta que sejam nomeados directorzecos, para que as máscaras caírem. Como são criaturas lastimáveis,  abomináveis usurpadoras da personalidade alheia e que nãé delas, não conseguem manter a mascara por muito tempo. Como lacaios e lambe-botas sem escrupulosos, víboras venenosas, assediam mansamente enquanto não têm o seu objetivo atingido, mas quando picam o seu veneno é mortal. 

Os lambe-botas vestidos com a pele de cordeiros, não se incomodam nem um pouco e nem remorsos teem em pisar em pessoas que lhes deram a mão e ajudaram no momento em que precisaram ou quando estavam por baixo nas suas miseras vidas, e ultrapassam todas as condutas social e moral aceitáveis para sem qualquer pudor, atingir e manter o poder. Para eles, os fins justificam os meios. 

Como se essa expressão "o fim justifica os meios" envolvesse normalmente fazer algo errado para atingir esse fim, que sendo negativo seria Injustificável esse erro ao apontar para um bom resultado. "O fim justifica os meios" nao tem justificação do ponto de vista bíblico. é claro, o que falta nessa afirmação é o caráter, a Lei e a providência de Deus. 

Mesmo sendo ateus, sabemos que Deus é bom, santo, justo, misericordioso e recto, quem tem o Seu nome deve reflectir o Seu caráter (1 Pedro 1:15-16). Assassinar, mentir, roubar e todos os tipos de comportamentos pecaminosos dos lambe-botas sem caracter são a expressão da natureza pecaminosa do homem, não a natureza de Deus. 

Para um cristão cuja natureza tem sido transformada por Cristo (2 Coríntios 5:17), não deve haver a justificação do comportamento imoral, não importa a sua motivação ou resultado. Deste Deus santo e perfeito, temos uma lei que reflecte os Seus atributos (Salmo 19:7; Romanos 7:12). E mais, os Dez Mandamentos deixam claro que o assassinato, adultério, roubo, mentira e ganância são inaceitáveis aos olhos de Deus e Ele não tem uma "cláusula de escapamento" para a motivação ou racionalização. 

Observando o que Deus não diz: "Não matarás a não ser que seja para salvar uma vida." Isso é chamado de "ética situacional" e não há espaço para isso na lei de Deus. Então, claramente, do ponto de vista de Deus, não existem fins que justificam os meios de quebrar a Sua lei. Isto serve para clarificar que os lambe-botas vestidos de pele de cordeiro que o mandamento da Bíblia é, “Não matarás”, e é aplicavél à guerra. Deus nao aceita o assassinato de caracter  que significa literalmente “o assassinato intencional, malicioso e premeditado de outra pessoa” para subir na vida. 

Assim, para completar o conhecido ditado, acrescento: Se quiser conhecer realmente uma pessoa, dê-lhe poder e indague quem ela é àqueles que, por algum tipo de hierarquia, por mais pequena que seja, lhe devem algum tipo de obediência. 

Como coordeiros, precisamos indagar como Jesus disse sermos "espertos como as serpentes e simples como as pombas" como é o nosso relacionamento com os lobos vestidos com pele de coordeiro e lambe-botas. A resposta que nos derem irá traduzir quao fidedigno é o seu caráter.

A NÃO LIDERANÇA DE EMMANEL MACRON NA INCLUSÃO E PARTICIPAÇÃO DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA?

Ao incluir o mesmo número de mulheres e homens como ministros no seu governo a moda PM Canadiano Tradeau, e a inclusão todas as cores políticas (da direita, Centro e esquerda) e da raça negra, Emmanuel Macron provou ser um animal político não por pintar um quadro arco-íris como Vincent van Gogh que pintava para agradar, mas porque parece ser um homem de princípios nas suas crenças.


Foram nomeados ministros desde políticos, artistas, apresentadores de TV, é e presidente de municípios só não sei se alguém com deficiência. Sim, para que um governo seja totalmente inclusivo não deve só se limitar a trazer somente algumas categorias, genótipo e fenótipo por serem mais sexy e deixar outros que talvez não atraíam votos ou estatuto de celebridade. 
Não sendo um Presidente Cadeirante como Lenin Moreno do Equador, pelo menos esperávamos que Macron nomeia-se um cadeirante, um cego ou um surdo para um cargo ministerial como Ângela Merkel nomeou o cadeirante Wolfgang Schauble ao cargo de ministro das finanças na Alemanha. 

Não me diga que os deficientes franceses são tão incompetentes assim que não merecem uma reapresentação governamental? Afinal os deficientes na França são mais de 15% da população. É uma exclusão social imperdoável a Macron que se assemelha a abordagem africana, onde o deficiente é visto como um incapaz de ocupar cargos de estado.

Não quero questionar ainda as politicas de Inclusão de Macron, visto que a maioria das Politicas para os Direitos da Deficiência em vigor na Franca advém da União Europeia, e esta ee a única organização regional signatária da Convenção das Nações Unidas para os Direitos das Pessoas com Deficiência (UN CRPD) mas, quero ainda ver a lista total dos 428 candidatos de Emmanuel Macron as eleições legislativas de Junho na França para analisar se este estadista é aliado ou indiferente à causa da deficiência.

Mas o a mensagem não é só para Macron, mas também para as lideranças políticas em Moçambique em termos de inclusão da deficiência nas eleições municipais de 2018 e legislativas e províncias de 2019. Mas antes disso, uma pergunta se põe: quantos dos 150 administradores distritais são mulheres e ou deficientes? Uma resposta necessária para a inclusão alinhada no lema "Nada para nós sem nós"!

Moçambique poderia seguir o exemplo da África do Sul e criar o Conselho Nacional para a Deficiência que preste Contas ou reporte directamente ao Chefe de Estado. Este Conselho funcionária que nem o actual Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA (CNCS) que devido a magnitude e impacto do SIDA, e mesmo sendo o HIV/SIDA uma doença como as outras que se tratam sob alçada do Ministério de Saúde (MISAU), devido ao impacto transversal da pandemia para além da área de saúde, o Governo decidiu criar o CNCS que não funciona no MISAU mas sim junto ao Gabinete do PM e supervisiona o combate ao SIDA a escala nacional. Aliás, ee mesma abordagem adoptada pelas Nações Unidas que, que mesmo existindo a OMS que se responsabiliza pelas questões medicas do combate a pandemia do HIV/SIDA, as ONU criou a ONUSIDA para liderar o combate global a pandemia.

Sendo Criado um tal Conselho Nacional da Deficiência que estando ligado directamente a Presidência da República ou Gabinete do PM teria autoridade e competências para supervisionar a implementação da Convenção das Nações Unidas para os Direitos das Pessoas com Deficiência (UN CRPD) para estimular a inclusão e participação na sociedade dos deficientes em pé de igualdade com outros cidadãos em todas áreas. Um tal Conselho Nacional para a Deficiência, assessoraria as instituições governamentais, sociedade civil e sector privado no avanço dos direitos humanos das Pessoas com Deficiência.