Coragem,
determinação, inspiração em pé de igualdade com os outros são os valores dos
jogos paraolímpicos que acontecem mais ou menos um mês após a realização das Olimpíadas
ditas “normais” e desde a sua introdução o “espírito em movimento” desde o surgimento após a II Guerra Mundial, quando países como Inglaterra
e EUA tiveram a iniciativa de organizar competições, onde participariam
veteranos da II Guerra Mundial com lesões medulares. O desporto foi utilizado
como parte do processo de reabilitação social e física destes pacientes.
O principal objectivo da inclusão social nos paraolímpicos é a valorização dos desportistas com deficiência como atletas, destacando apenas sua actuação na competição independente de seu biótipo ou sua deficiência. Esta inclusão é submetida a uma adequação, para dar oportunidades de vivências produtivas às pessoas envolvidas e também para uma maior percepção de que o profissional deve ser valorizado por suas potencialidades e pela contribuição que oferece à sociedade.
Ao longo dos anos, o movimento Paraolímpico vem conquistando a atenção e o respeito de milhões de pessoas em todo o mundo. E em Moçambique em particular, depois das duas únicas medalhas olímpicas de Moçambique foram conquistadas por Maria de Lurdes Mutola, ambas nos 800m (bronze em 1996 e ouro em 2000), somente a atleta moçambicana Paraolímpica, Edmilsa Governo, conquistou nos Jogos Paraolímpicos do Rio 2016, a medalha de bronze na prova dos 400 metros-T12, dando assim a Terceira medalha olímpica ao pais.
A Participação nos jogos paraolímpicos se usa muito palavras como superação, atitude, garra, força, esperança, confiança, fé e principalmente perseverança, estímulos que fizeram com que os jogos paraolímpicos se transformassem no segundo maior evento do mundo e, o excelente desempenho conseguido pelos atletas paraolímpicos Moçambicanos como Edmilsa Governo, é um sinal da necessidade do Governo de Moçambique apostar mais no desenvolvimento do desporto para em modalidades que façam com que as crianças com deficiência em idade escolar participem nos jogos escolares. Isto fara com que o pais tenha condições de competir nos jogos paraolímpicos, e obter excelentes resultados.
Como nos Jogos escolares “o importante não é vencer, mas simplesmente competir”, então faz mais sentido que se introduza a participação dos alunos com deficiência como um ponto de inclusão e no acesso a Educação Para Todos. Tudo porque, como se viu com o sucesso da Edmilsa Governo, hoje em dia tem uma conotação mais evidente na Paraolimpíadas, pois o atleta deficiente antes de competir oficialmente para representar seu clube, associação ou até mesmo seu país, tem que competir com ele mesmo, e contra os obstáculos que encontra diariamente. Os exemplos de vida, de superação, ousadia e coragem das crianças com deficiência de lutarem e ultrapassarem todas as barreiras para estarem numa sala de aulas com outras crianças consideradas “normais”, estas sendo atletas merecem toda a atenção do mundo! A participação das crianças com deficiência nos jogos escolares é que ira determinar que o nosso desempenho no contexto das nações e na Paralimpíadas tragamos resultados almejados. Mesmo que não tragam medalhas Paraolímpicas, a participação das crianças com deficiência nos jogos escolares é também uma questões de inclusão e uma questão de direitos humanos. Se outras crianças participam e nem por isso trazem medalhas ou se tornam desportistas profissionais, porque o Ministério da Educação continua a marginalizar a participação das crianças com deficiência? Para mais inclusão, a sociedade precisa receber as pessoas portadoras de deficiência, levantando e eliminando as barreiras. Isto é com braços abertos!
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