Monday, 25 September 2017

As razões dos grandes acidentes de viação em Moçambique não são os motoristas enem as viaturas, mas sim as estradas

A principal causa dos acidentes de viação em Moçambique não vem só  do péssimo estado dos veículos e nem do comportamento suicida dos motorista, mas é causado sobretudo pelo péssimo estado das vias, especialmente a N1.
Estradas Esburacadas são a causa dos acidentes e desgaste das viaturas

Com o aumento da circulação de pessoas e bens, o tráfego de viaturas aumentou consideravelmente do Rovuma ao Maputo, e a maioria destes veículos fazem mais de 1000Kms por dia. Daí que precisam de andar a 120Kms/hora para chegarem à tempo útil  aos seus destinos (tempo é dinheiro).

A largura, em termos de faixas de rodagem,  da estrada na N1 em muitas sectores da mesma é de 10 a 12 metros e sem bermas, que a 120Km/hora, torna-se tão apertada que um carro ligeiro cruzando com um camião-cavalo, quase que é projectado para fora da via. A falta bermas que permitam estacionar uma viatura em dificuldades ou "lay bays" em cada 10 ou 20 kms como no Zimbabwe que convidem o motorista a parar e desentorpercer as pernas agrava o problema. Qualquer camião que avaria, quase que estaciona na faixa de rodagem o que é perigoso para o tráfego em circulação, especialmente para os que vêm a sua trazeira. Foi assim que uma equipa inteira de futebol pereceu quando ia jogar a Beira e o autocarro embateu a trazeira de um camião com troncos avariado na estrada.
Se a N1 tivesse pelo menos 3 faixas de rodagem e bermas de ambos os lados que permitam estacionar um camião-cavalo sem embaraçar o trânsito, como a N4, na secção da Matola-Ressano Garcia, em todo o seu cumprimento, o número de acidentes reduziriam drásticamente.

Mas o melhor seria termos uma N1 com faixas de rodagem completamente separadas, como na África do Sul, Nelispruit-Witbank ou no sentido para Durban,  onde a circulação de viaturas não cruza frontalmente.
Urge a construção de uma N1 com faixas de rodagem de sentidos opostos completamente separadas. Que se ponha portagens, se o país não tem dinheiro para a sua construção, que concessione a sua construção a contratos de exploração à empresas similares a TRAC cujo o negócio é investir e explorar estradas. Penso eu de que,  a N1 de Marracuene a Pemba, é rentável para atrair esse tipo de investimento.

O que o país não pode é continuar a assistir impávido a morte dos seus cidadãos e pagante de impostos. Da mesma forma que abriu os nossos céus para operações de aeronaves estrangeiras, que concessione a N1, e o dinheiro dos impostos vá para construção de vias de comunicação menos atractivas ao investimento privado.

Não pode o país continuar a fazer teatro, de polícias irem de madrugada amanhã Junta mandar soprar balão ou inspeccionar pneus com as câmaras da TV, e por uns dias. Só falta dizer que a medida de restringir a  importação de veículos com mais de 7 anos é também para evitar acidentes.



O que se quer são decisões estratégicas que distribua a vida e  a riqueza para todos os moçambicanos, e não só priorizar  ponte Maputo-Katembe, Metro  Maputo-Matola, e descurar o resto do país.

Sunday, 23 July 2017

Adeus a lideranca femenina negra no Tenis Mundial

Com a Serena Williams (35 anos) grávida e depois de pousar nuaem abril para a revista Vanity Fair (que eu gostei muito) e ter afirmado que "não sabia o que fazer com um bebé", a final de Wimbledon feminina não podia ter outra tenista que não fosse a sua irmã Venus Williams de 37 anos contra a espanhola Garbiñe Muguruza de 23 anos.
Com a Venus Williams classificada no N° 11 no ranking da WTA e Muguruza N°15, facto curioso é que a soma das idades das duas atletas é de 60 anos.É certo de que a idade não é um limite para alcançar o estrelato, hoje em Wimbledon pode ser a última oportunidade que Venus Williams tem de conquistar um Grand Slam de Ténis.
Nem me parece provável, mesmo sem querer ser pessimista, que tenhamos uma Williams a ganhar uma Grand Slam. Isto porque depois do parto do filha ou filho da Serena, mesmo que actualmente seja a N°4, e ela diga que não "sabe o que fazer com um bebé", a criança vai consumi-la no primeiro ano de infância o que pode atrasar o regresso dela aos courts de Ténis mundial.
Assim agradecendo as tournes de liderança feminina que as irmãs Williams fizeram em África para encorajar raparigas contra a gravidez na adolescência, é certo quer Taylor Townsend ou Sloane Stephens estão muito longe no ranking mundial para substituir as Williams nos holofotes do Grand Slam. Mesmo a afro-japonesa Naomi Osaka de 19 anos está colocada no 59° no ranking da WTA.
Assim, a estratégia é mesmo mudar e passar a assistir modalidades como a ginástica artística onde atletas negras como a dupla americana Simone Biles de 18 anos e Gabby Douglas de 19 anos pulverizam recordes mundiais e derrubaram a concorrência nos jogos olímpicos de Rio de Janeiro são uma certeza no brilho do "black power" nos holofotes mundiais.

Emmanuel Macron o Lider do Mundo livre

Liderança de Emmanuel Macron ou pressão de Covfefe sobre a necessidade de os países europeus aumentarem as suas despesas militares e contribuições para a NATO?
Durante as celebrações da Tomada de Bastilha, Emmanuel Macron anunciou um extra de € 300 milhões para aquisição de equipamento militar, que se comparado ao orçamento de defesa de 2017 anteriormente anunciado pelo presidente François Hollande que era de 600 milhões de euros é uma redução significativa dos gastos com equipamentos militares da Franca neste ano em 300 milhões de euros. Mas se olharmos na totalidade dos gastos das aquisição de material militar, o orçamento é de 17,3 bilhões de euros.


Todavia, o orçamento total para a defesa na França em 2017 aumentou €32,7 bilhões, excluindo as pensões. O que é comparável ao orçamento de defesa de 2016 que era exactamente de € 32 bilhões, dos quais € 17 bilhões foram para compras e 11,4 mil milhões de euros para pagar salários. Apesar destes valores astronómicos, facto curioso é que na França, o sector da defesa é a segunda maior despesa doméstica após a educação, o que mostra o valor que a Francaa coloca as questões de educação e desenvolvimento humano. Quase que não existe nenhum pais africano cujo as despesas no sector de educação sejam superiores o da defesa. Isto também mostra porque que a áfrica não desenvolve, se não investe na formação do seu capital humano.
Se adicionado as pensões, o orçamento da defesa sobe para €48 bilhões, ou seja 2.3% do PIB, o que faz da Francca o sexto pais que mais dinheiro gasta para despesas militares no mundo a par com a Índia (5 com €48 bilhões – 2.5% do PIB), Arabia Saudita (4 com €55 bilhões – 10% do PIB), Rússia (3 com €60 bilhões – 5.3% do PIB), China (2 com €189 bilhões – 21.9% do PIB), e os EUA (1 com €534 bilhões – 3.3% do PIB). Atrás da França, vem a Inglaterra (7 com €41 bilhões – 1.9% do PIB), Japão (8 com €40 bilhões – 1% do PIB), Alemanha com (9 com €36 bilhões – 1.2% do PIB), Coreia do Sul (10 com €31 bilhões – 2.5% do PIB), Itália (11 com €24 bilhões – 1.5% do PIB), Brasil (13 com €20 bilhões – 21.3% do PIB) e Argélia (20 com €8 bilhões – 6.7% do PIB). Segundo o ranking da Stockholm International Peace Research Institute, nenhum país da África subSahariana, esta entre os 30 países que gastam mais nas despesas militares.
Apesar desta redução, Emmanuel Macron já vai avisando que vai acrescentar cerca de €2 bilhões no orçamento da defesa da França para 2018, para habilitar o pais a respondendo os desafios militares a que o pais é a responder, incluindo as exigência de Covfefe para que os países da NATO aumentem as despesas para contrapor a ameaça Russa, que nao sei se existe!☠️👻👽.

A Pedra no Sapato de Covfefe

Ao ter expulso 35 diplomatas russos dos Estados Unidos no final de dezembro e imposto sanções a duas agências de inteligência russas alegadamente devido ao envolvimento de Moscovo em ataques cibernéticos contra a campanha presidencial de Hillary Clinton na eleição presidencial dos EUA de 8 de Novembro de 2016, Barack Obama pode ter deixado a maior pedra no sapato da Administração Trump.
Se bem que na altura o presidente da Rússia, Vladimir Putin, abdicou do principio da reciprocidade e retaliar com a expulsão de um numero igual de diplomatas Americanos, dizendo que esperaria a tomada de posse do então presidente eleito Donald Trump, assumisse o cargo no dia 20 de janeiro, para decidir qual acção tomar.
Só que, passados seis meses, a administração Trump esta cada vez mais enrolada, quando não consegue calar as agencias de espionagens assim como o Congresso da ideia que Moscovo hackeou a campanha de Hillary Clinton para beneficiar Trump.
E cada dia, se enrolam mais, quando depois de andarem a negar durante 6 meses de que ninguém da campanha de Trump tivera contactos com os russos, emerge agora que o Donald Júnior, esteve num encontro com uma advogada informante russa. Esta lengalenga, certamente ira dificultar o encerramento deste dossier, mesmo se no encontro dos G20 em Hamburgo, pareceu que os dois estadistas se deram muito bem e acordaram cooperar mais, por exemplo, com o cessar fogo na Síria.
Agora a Rússia ameaça, que se os EUA não acabarem com esta palhaçada, que existem muitos espiões americanos actuando em Moscovo sob disfarce de diplomatas, e alertou que pode expulsar alguns deles como forma de retaliação aos EUA pela expulsão de 35 diplomatas russos de Washington em 2016. E se acontecer esta retaliação, nem que seja pela reciprocidade da redução de números de diplomatas americanos na Rússia sejam iguais aos que Moscovo tem em Washington, pode atrasar o relançar das relações e coordenação entre os dois países, que adiciona outros pontos de fricção tais como Ucrânia. 😵😳😲

é mais provável que Michel Temer Governe até ao fim depois do golpe que preparou contra Dilma Rousseff

Porque o impeachment de Michel Temer parece menos provável? Pelas mesmas razões que levaram ao impeachment da Dilma Rousseff e explico porque.
Um impeachment ou cassação do mandato do Presidente da República, em qualquer que seja a jurisdição, é um processo político que só acontece quando se o estadista perder a maioria parlamentar. Como presidente do Brasil, Temer goza de imunidade, não pode ser preso preventivamente, e para a Procuradoria da República conseguir investigar um Presidente, precisa que o Parlamento levante esta imunidade. Daí que se assiste ao espetáculo par(a)lamentar, em que o Parlamento brasileiro não consiga reunir sequer para votar, autorizando ou não, para que o primeiro crime com que Temer é acusado, seja investigado.
Aqui, Temer goza de apoios dos "gospistas", ou seja, a mesma maioria parlamentar que derrubou Dilma Rousseff. Essa associação"golpista" continua forte em ambas câmaras do parlamento brasileiro. Mesmo que algumas pedras (deputados) sejam destituídos e presos, pelo nível de corrupção no Brasil, são substituídos por outros, cuja a actuação deixa muitas dúvidas que tenham "mão limpas".
Daí que é possível que, tenhamos que aceitar que Temer vá governar até ao final do seu mandato "gospista" em 2019. Será que ele fica impune dos crimes que cometeu? Não. O Procurador Da República vai ter que esperar até que a barreira que impede que Temer seja investigado desapareça. Depois de cumprir o seu mandato "golpista" Temer poderá passar a vida na cadeia, algo que não aconteceria se ele fosse impeachado agora.

violência pós eleitoral na Papua Nova Guiné devido a Bruxaria

O insólito aconteceu. A violência pós eleitoral na Papua Nova Guiné que já levou à morte de 2 polícias, teve a sua origem com os candidatos a não aceitarem os resultados e à se acusarem mutuamente de ter usado bruxaria ou feitiçaria para retirar os votos das urnas.
Sim. O tribunal eleitoral, ordenou a recontagem em pelo menos 3 locais, com base nas alegações de feitiçaria. É certo que a Papua Nova Guiné é conhecida pela sua especialidade em bruxaria e ou até canibalismo, mas feitiçaria que consegue retirar os votos das urnas? Vai levar com que os bruxos da Papua Nova Guiné tenham fama internacional e possam fazer consultoria em muitas eleições presidenciais problemáticas pelo mundo afora. Se os bruxos conseguem retirar os votos das urnas, deveria a Dilma Rousseff, ter contratado estes bruxedos para retirar ou alterar votos das urnas que ditaram o seu impeachment. Porque Michel Temer, em vez de utilizar o "pai santo" baiano para rezar contra as tentativas de o "impeachar", pode ter contratado um bruxo Papuano.
Mas, deixemos o Brasil e vamos a pérola do indico e aconselhar que, com o aproximar das autárquicas de 2018 e Gerais de 2019, você candidato não precisa nada se não viajar agora para Papua Nova Guiné é trazer aquele bruxo "quente" que até faz desaparecer montanha para você ganhar às eleições.

Cahora Bassa é o futuro no Desenvolvimento de Moçambique


Com Cahora Bassa com a capacidade de produção de 2075 Megawatts de energia, Moçambique pode ter a maior barragem hidroeléctrica da África austral até hoje. 


Essa liderança regional pode ser ultrapassada por Angola quando este concluir em 2018 a barragem de Laúca que terá a capacidade de produção de 2070 Megawatts, que se ligadas às barragens de Capanda com 520 Megawatts e Cambambe com 960 Megawatts, dará a Angola uma capacidade de produção hidroeléctrica de 3550 Megawatts, passará a ser um gigante energético da região austral. 
Isto, já que África do Sul, em termos de capacidade hidroeléctrica só produz cerca de 1000 Megawatts, muito aquém das necessidades do país. Ou mesmo a da barragem de Kariba que tem uma capacidade instalada de 1600 Megawatts, mas que dadas as suas características não consegue reter água suficiente para produção de energia na sua máxima capacidade.

Dado que 75% da energia elétrica produzido por Moçambique se destina a exportação, Angola com este massivo investimentos na produção de energia hidroeléctrica, tem também os olhos na venda da mesma para a região austral e central africana. 

Daí que urge a necessidade de Moçambique avançar com os investimentos para aumentar a capacidade de HCB para os 3320, construindo a Central Norte da HCB prevista ter a capacidade instalada de 1245 Megawatts na zona de Mpanda Nkuwa. 
Só a construção de Mpanda Nkuwa vai fazer com que Moçambique continua líder energético regional, uma vez que as necessidades internas irão necessariamente subir para além dos 25% que a Cahora. Bassa pode dar. 

Mas, para a EDM, o desafio não é só aumentar a produção daa HCB, mas o de "esticar os fios" até todas as localidades e postos administrativos. 


Digo isto porque algumas assimetrias regionais fazem com que distritos como Milange, tenha que consumir a energia que vem do Malawi e não a rede nacional da EDM. 
Só quando todas às casas em Moçambique forem iluminadas pela EDM, independente quão rurais estejam, teremos um país a caminhar para o desenvolvimento. Todavia, até lá, penso que irão introduzir o debate da privatização da produção e distribuição de energia, como aconteceu com a LAM. Aí teremos, como consequência do capitalismo selvagem, várias operadoras a competir para conectarem o nosso CREDLEC e aí, aí podemos ter a certeza que perdemos a nossa soberania! 😉😱😏📡

Thursday, 13 July 2017

A liderança de Letícia Klemens, Ministra dos Recursos Minerais que pode ajudar Moçambique a reduzir o deflorestamento aumentando o consumo de gás de cozinha

Eu continuo achar que o problema da escassez de Gás em Maputo ee um problema da GALP que quer ver os preços a subir. A GAPL poderia fazer que nem a 2M para combater a especulação, enchendo o mercado de cervejas que faz com que as marcas da 2M nunca aparecem no mercado informal a serem vendidos por especuladores. A razão ee muito simples, inundar o mercado com o seu produto que torna impossível açambarcamento pra depois especular.
A GALP poderia fazer o mesmo enchendo muito bem mais garrafas e colocar no mercado para bater os especuladores.
Letícia Klemens, Ministra dos Recursos Minerais Moçambique
Outro problema mas que requer a atenção da Ministra da Letícia Deusina Da Silva Klemens é como fazer com que Moçambique, do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico, pelo menos nas zonas urbanas, se deixe de utilizar o carvão vegetal nas cozinhas.
Poderia a Ministra Letícia ajudar o Ministro correia a proteger as nossas florestas acabando com o abate das árvores para queima para o carvão vegetal. Como? Mobilizar toda a cadeia de valores do carvão vegetal para se transformar e abraçar o Gás, deixando de vender carvão.
Mobilizar a Galp para a introdução de, para além das actuais garrafas de 11kg, introdução de botijas de 1kg, 2kg, 3kg ou até 5Kg que seriam mais baratos e mais acessíveis para quem não tem recursos para comprar botijas de gás de 11Kg. 


Mobilizar aos latoeiros que hoje fazem fogões a carvão para que passem a fazer fogões a gás. Para tal seria necessário mobilizar a industria nacional de ferro fundido para produzir a boca de incendio dos fogões a gás que os latoeiros ou serralheiros poderiam comprar para fazer os respectivos fogões a gás. 
Além destes, é possível mobilizar a industria nacional ou investidores estrangeiros para passarem a produzir em massa de fogões a gás simples de uma, duas ou três bocas (fogões sem forno). Fogões estes que poderiam custar 500Mts no máximo e permitir que as todas as famílias pobres nas zonas urbanas pudessem comprar. Assim como CREDELEC, cada família iria compara a quantidade de GAS que o seu bolso suporta. Até porque, o custo do carvão na cidade de Maputo é de 50Mts o montinho que só da para cozinhar uma refeição, as famílias pobres, acabam pagando mais caro no final do mês do que se comprassem uma garrafa de gás de 11Kg a 400Mts.
 O fogão que a industria nacional pode produzir

Implementada esta medida haveria de eliminar o desmatamento das nossas florestas, baixando consideravelmente a necessidade de uso do carvão vegetal para cozinha. O mesmo se poderia com as padarias que utilizam lenha, para passarem ou importar fornos a gás ou elétricos que eliminaria a necessidade de troncos como energia de panificação que também contribui para a desflorestação.
Para reduzir os preços nas províncias, a Sra. Ministra poderia encorajar a GAPL a montar centros de enchimento de Gás na Beira e em Nacala que permitiriam com que o gás chegasse a um preço aceitável nas províncias.
Parecendo que não Ministra Letícia, a eliminação da destruição das nossas florestas e redução do aquecimento global, em Moçambique, passa muito daquilo que poderá fazer para reduzir o consumo do carvão lenhoso e aumentar o consumo do gás em Moçambique.💡😉

Saturday, 17 June 2017

COVFEFE ‘Stupidity’ refusal to accept Election result may have a severe implication on US foreigner policy


Trump ‘Stupidity’ refusal to accept Election result has a severe implication on US foreigner policy.

In refusing to say whether he would accept the result of the presidential election Trump may have plunged US into the hands of dictators around the world. He may have tainted 240 years of one of the basic foundations of American democracy, the most powerful moral weapon that US has to shame dictatorial regimes across the globe.

Trump’s shocking answer on respecting election results and in jailing his opponent after he win, are the only golden moments of 2016 US election that matters for dictators around the world. A refusal by Mr Trump to accept defeat would effectively give license to other countries to halt US foreign policy from schooling them about democracy. The institution of the American Presidency itself may be worryingly undermined. In keeping American democracy in suspense, Trump is not only lack of civil-spiritedness, anti-American, unpatriotic, and dangerous, but he is right now undermining the work of US diplomats across the world about democracy and rule of law. If Trump’s position becomes the new normal, if future candidates and life presidents all over the world refuse to respect the voters’ will, democracy may not remain the most important society political organisation of our time. Trump may or may not know it, but democracies require public legitimacy for their survival. When powerful actors withhold that legitimacy, the system crumbles legitimizing coups.

I am not worried about Trump here because I now he doesn't have the same incentive to be big-hearted person. I know for months now, Hillary has been arguing that Trump represents a threat to American democracy. On Wednesday Trump made that point more effectively than anyone could ever have dreamed that he is not only threat to American but world Democracy. I know that Trump handed the rope with which America will hang him with glee but the world and democracy will never be the same again.

In fact, to avoid the poisonous words of Trump echoing in Africa, I think The African Union should send an election monitoring team. In addition, AU act issuing an urgent statement to repudiate the violent language of these American elections and call on the parties to accept the will of the people, and avoid making statements that endanger the gains of democracy.

AU should also appoint a special envoy to go to meet Donald Trump and GOP in Washington and urge that it respects democratic institutions and avoid inciting violence or acts of revenge by their supporters.

At Hillary Clinton and the DNC, the envoy, should demand to refrain from using the state media and its influence in the press during the election campaign.

Trump's worst answer may also be the downfall of American Diplomacy? Only time will tell
 
Article written on October 21, 2016

Sunday, 11 June 2017

O calote que os Bancos da praça praticam ao executarem ordens de terceiros

Um amigo postou aqui no facebook dizendo que o seu Banco aqui na praça (não disse qual) a MANDO da Mcel debitou o valor de 13,000Mts alegadamente por uma dívida contraída no período 1998-2000 sem o seu CONSENTIMENTO e nem CONHECIMENTO.

Reagindo ao seu post, várias pessoas reportaram o mesmo saque nas suas contas bancárias, que a ser verdade que não assinaram sem ler atentamente, qualquer documentação que dá plenos poderes ao Banco para cobrar de dívidas de terceiros sempre que tiver o conhecimento de uma instrução ou ordem de pagamento anterior.

Não passa na cabeça de ninguém que num estado de direito, o Banco se ache no direito dirimir um conflicto que emergem de um contrato de terceiros. Me explico porquê.

Quando você abre uma conta bancária, você estabelece um contrato exclusivo entre você e o Banco. E quando você negoceia um contrato com uma operadora como, por exemplo neste caso a Mcel (pacote, peridiocidade, etc. e o comum naquela altura eram contratos de 24 meses), e você leva esse contrato para o seu banco e instrui ao Banco para efectuar os respectivos débitos na sua conta, você não está a dar um cheque em branco a tal operadora e nem estará você a dar plenos poderes ou assinatura que daria a operadora o direito para fazer saques na sua conta sem o seu consentimento ou conhecimento.

Mesmo que você tenha instruído o seu banco para efectuar pagamentos regulares, por exemplo mensais de Junho de 2017 até  Maio 2020 (36 meses), em seu nome a um terceiro (energia, água, telefone, TV, propinas escolares, etc.), não significa que você não possa fazer parar essa ordem de pagamento a qualquer altura, sempre que se verificar alterações que lhe impeçam de cumprir esse contrato. O cancelamento de uma ordem de pagamento, não precisa que você justifique ao Banco os seus motivos.

Todavia, é preciso entender que existem obrigações de prazos de cancelamento de ordens de pagamento. Se, por exemplo, o prazo de pagamento vence, por exemplo no dia 30 de cada mês, o Banco pode estabelecer um prazo de segurança em que você não pode cancelar o pagamento do consumo do serviço daquele mês depois do dia 25. Isto significa que, você pode cancelar os serviços no dia 26, mas é obrigado a pagar aquele mês. Supondo que você não tenha o valor da factura na sua conta, o Banco irá esperar até que você tenha disponibilidade na conta e cobrar o valor. Aí, se você não pagou esse valor por esquecimento e nunca mais movimentou a conta, é possível que a dívida produza juros que depois de uns anos chegue a esses valores astronómicos que os bancos estão a cobrar.

Olhando nessa perspectiva, é possível que 20 anos depois o Banco venha a cobrar essa dívida.

Mas, se não for o caso, há que solicitar a Ordem dos Advogados de Moçambique a levar este assunto e discuti-lo com o Banco Central e se parar com esta roubalheira...

Nenhum Banco pode autorizar um débito directo e automático na conta de um cliente...
Mesmo se esse seu cliente trouxe um contrato da mcel, TV Cabo, ou outros, o cliente tem o direito de terminar este débito automático/directo a qualquer momento...

Na eventualidade de isso acontecer, não restará outra coisa a mcel ou TV Cabo senão recorrer aos tribunais para recuperar o valor perdido no negócio ou contactar alguma empresa de recuperação de risco perdidos como a "timaka"...

Se Banco executar um débito na conta de um seu cliente por ordem de terceiros, ele (o Banco) estará a fazer, é dar-se-lhe responsabilidade que não tem (extra vires). E se tem, não deveriam ter o direito de cobrança de nenhuma dívida de terceiros sem ordem do tribunal.

Um ponto muito importante é que a conta bancária de um cliente é sagrada. Por isso existe o princípio sacrossanto do "sigilo bancáriox", onde o Banco jura fidelidade ao seu cliente e não pode revelar a terceiros o saldo ou transações bancárias de seus clientes e nem mexer no dinheiro depósitado sem conhecimento e anuência do cliente. É este princípio do sigilo bancário que assegura o cliente a confiar e depositar o seu dinheiro nos bancos. O princípio sacrossanto da inviolabilidade da conta bancária só pode ser quebrado por uma ordem judicial.
Daí que, não havendo uma ordem de um juiz que obriga a execução da operação de débito na conta de um cliente, e fiando-me na informação dada pelos vários lesados, arrisco-me a dizer que, estes saques são uma associação criminosa entre a Mcel e o BIM para "ranfinanfinarem" as contas dos clientes e financiarem a mcel a força. Isto é, o BIM está a agir fora do seu mandato (execução extra-vires). Não cabe ao  Banco ir directamente na conta de um cliente, 20 anos depois, cobrar um dívida sem informa-lo. O pior é fazer essa operação sem o BIM estar preparado com documentação para mostrar/provar o cliente da razão da sua penalidade. Isto é, o BIM devia estar preparado para esclarecer o cliente sem delongas ou fazerem andar a pessoa de um lado para o outro com os famosos venha amanhã ou próxima semana.
É também estas mal práticas que o regulador (Banco Central) deve supervisionar os bancos comerciais. Como é que o Banco de Moçambique, ouve estas trafulhices do BIM e não faz nada? Ou será que o fundo de pensões dó trabalhadores do Banco estão investidos na mcel e não sabíamos? São várias as queixas contra mal práticas dos bancos, especialmente o BIM, que o regulador permite que é de torcer o nariz! 😖😠😏

Friday, 9 June 2017

CRISE DIPLOMATICA NO GOLFO, TERRORISMO OU O JOGO DAS ALIANÇAS FINANCEIRAS GLOBAIS

A crise diplomática no Golfo Pérsico, sobre a Arábia Saudita e companhia acusarem o Qatar de financiar o terrorismo, está alastrar-se num incidente Internacional cuja a resolução será ditada pelo poderio financeiro, ou seja, de quanto dinheiro se tem para comprar alianças. U

Com a recente compra ou encomenda de armas aos EUA pela Arábia Saudita no valor de  $110 biliões é visto como uma tentativa de liderança do mundo árabe e contrapor a hegemonia Iraniana na região num conforto e imbróglio muito mais do que as tradicionais linhagens shiias-sunitas.

Com o Kuwait a liderar a mediação regional, pode ser intrigante que, sendo o terrorismo um problema global mas particularmente ampliado no Ocidente, do porque o Ocidente(EUA, UE, UK, Canadá, etc) não apoiou o grupo liderado pela Arábia Saudita e declarar sanções contra o pequeno estado do Qatar, que em termos de água, alimentação e até o ar que respiram, vem por terra através dos vizinhos Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos que se resume numa única palavra: DINHEIRO.

Sim, isso mesmo, tanto o Qatar como a Arábia Saudita, tem tanto dinheiro, mas tanto dinheiro, que ninguém, nem mesmo o poderoso EUA se atreve a alinhar com um e alienando o outro. O POTUS, baseado-se na sua experiência do seu famoso livro "art of deal"  oferece-se a mediar. Tomara. Não vá uma guerra entre aliados na região (EUA tem tropas em ambos países e só para recordar que a maioria dos prisioneiros transferidos de Guantánamo na anterior administração estão no Qatar) vai por em perigo os $480 biliões ($110b para armas e o restante para comércio) assinados aquando da sua primeira deslocação ao estrangeiro, o seu sonho de"America first" e comprometer a retomada do crescimento económico e criação de empregos nos EUA.

Mas o assunto é tão complicado e promíscuo, visto que entre a acusação do Qatar fomentar o terrorismo, está a sua ligação contra o Irão. Se a Arábia Saudita e a Turquia estão contra o regime do Assad na Síria que é apoiado pelo Irão,  a Turquia está a fazer a ponte aérea fornecendo alimentação necessária ao Qatar, furando assim o bloqueio Saudita e dos Emirados Árabes Unidos que são os vizinhos imediatos e significativos neste caso para o Qatar.

Aqui fica evidente que, apesar de se suspeitar que o Qatar comprou a realização do Mundial de futebol 2022 e de ser violador dos direitos humanos, incluindo o tratamento como cães e imoral aos trabalhadores que estão a construir os famosos estádios que pela primeira vez terão ar-condicionados (mesmo assim é tão quente que se jogará a noite e no mês de dezembro) pela Aministia Internacional, e algo que ditou o afastamento de Joseph Blatter da FIFA, ninguém se atreve a tocar o Qatar devido aos seus Petro-dólares.
O que não se entende também é que uma das acusações do Qatar financiar o terrorismo é o seu apoio ao Hamas que governa a Faixa de Gaza na Palestina, grupo considerado terrorista pelos Estados Unidos, mesmo assim, os EUA não se interessam em perseguir o Qatar, o que sustenta a nossa tese de o dinheiro e o ciúme é que criaram esta crise, o Ocidente irá pressionar os árabes a se entenderem com os olhos no dinheiro deles e depois continuarão na retórica de luta global contra o terrorismo. Nesta era da administração Trump,  tudo se resume em dinheiro. Quanto mais grossa for, em termos de cifrões monetários, a sua assinatura, certamente terá muitos amigos nos G7. 

Saturday, 27 May 2017

Na Cimeira dos G7 o mundo se apercebe que reta de dançar o nacionalismo económico do "America Fist"

Dos várias estreiantes nas Cimeiras dos G7 na Taormina, Sicília na Itália (não fosse esta a casa da máfia siciliana), Teresa May, Trump e Macron, os líderes das ditas Nações mais poderosas do mundo e que representam quase metade da economia mundial, só conseguiram consensos somente num ponto: luta contra o terrorismo e um pouco a manutenção das sanções contra a Rússia e a questão da Ucrânia.
O G7 incapaz de entendimento com os EUA na luta contra o aquecimento global
Os outros seis países (França, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Itália e Japão) não conseguiram de forma civilizada convencer o presidente yankee (EUA) a abraçar os Acordos de Paris sobre as alterações climáticas e a necessidade de aumentar o comércio mundial respeitando o Ambiente,
nem demover-lo a manter aberto o comércio mundial e muito menos a importar-se com a crise dos refugiados africanos e do Médio-Oriente para Europa.
Orgulhosamente, o presidente yankee, no meio de empurrões e trambolhões para sair bem na foto, continuo a sua caminhada orgulhosamente isolacionista de "América first" e exigências para que os outros 23 dos 28 membros da NATO apliquem 2% dos seus orçamentos na defesa. Algo que pode exigir por não perceber como as prioridades orçamentais são feitas nos outros países, já que no dele, o presidente é tão poderoso e é capaz de passar um aumento de despesas militares na ordem de 23% nem que para tal tenha que retirar ou deixar que 23 milhões de compatriotas seus sem seguro de saúde. Também tomara, em termos de despesas militares, os EUA não só tem o maior orçamento militar do mundo como também é o maior se combinado os orçamentos dos outros países do G7 mais a Rússia e China juntos, mas não lhe chega, quer mais.
Outros tempos, outras liderancas: "America First"

O paradoxo é que ninguém fala da necessidade dos países industrializados de aplicarem 0.7% dos seus orçamentos para a Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (ODA) que quase todos os países dos G7 nunca honraram desde os anos 60s. Aliás, mesmo o incumprimento dos Objcetivos para o Desenvolvimento do Milénio (ODM 2000-2015) não foi cumprido exactamente exacerbado pelo défice de financiamento dos países industrializados. Neste andar, principalmente com pensar do presidente yankee de "América first" e ficando ele na Casa Branca nos próximos 8 anos, corre-se o risco de não se financiar também os novos Objectivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS -2015-2030), porque ele acha que não se deve financiar aos pobres e nem programas para o seu empoderamento.

O problema da luta contra o terrorismo, é que foi com essa abordagem que o Ocidente liderou a queda de Kadhafi e se esta a destruir a Síria e o Yemen e se quer confrontar o Irão violando-se o básico princípio da soberania dos Estados e o direito dos povos determinar a escolha dos governantes quando os yankees acham-se que deviam ser eles a determinar quem deve governar nos outros países.
Ficaram as saudades: "o Planeta primeiro antes do lucro"

Sabe-se que em termos práticos, mesmo que o incumbênte afirme o contrário, o presidente yankee é que nem um polícia mundial e como tal lidera as tendências das questões globais quer pela positiva ou pela negativa. E , para África que não tem dinheiro como a Arábia Saudita que proporcionou a atração de negócios na ordem dos $480 mil milhões(dos quais $110 mil milhões para compra de armamento) para comprar o presidente yankee sair da sua tendências isolacionistas e islamofóbica e fazer a primeira paragem da sua primeira viagem ao estrangeiro não se vislumbra quando é que o actual inquilino da Casa Branca poderá dedicar um segundo da sua atenção para o continente negro.

FÚRIA DA CHINA SOBRE O RATING DA MOODY: RECESSÃO A ORIENTE OU POLITIQUICES...

Será que o atrevimento da agência de rating Moody em baixar o rating da dívida soberana de longo prazo da China da Aa3 para A1, apesar da China continuar a ser a segunda maior economia do mundo e em rota para ultrapassar os EUA, é prenúncio de uma ressecção a escala mundial ou mais um passo na erosão da credibilidade das agencias de rating do (desumanos) sistema capitalista mundial?

Se olharmos a evolução dos ratings (classificação ou notação do risco) da Moody, sendo esta uma agência de notação/rating americana, que prenuncia uma possível crise da divida soberana da China temos que perceber como  é  que se classifica as solvências ou insolvência da mesma para podermos perceber porque a China está furiosa com este rating da Moody, senão vejamos.

Se uma agência de notação de risco, é uma empresa que, por solicitação de clientes, qualifica determinados produtos financeiros ou activos (tanto de empresas, como de governos ou países), avalia, atribui notas e classifica esses países, governos ou empresas, segundo o grau de risco de que não paguem suas dívidas no prazo fixado. Quando esse risco de inadimplência se refere a operações de crédito concedido a um Estado soberano ou ao seu Banco Central, é chamado risco soberano. Quando o risco se refere contratos de crédito firmados com a totalidade dos agentes (públicos, incluindo entidades internacionais e não soberanas, ou privados) de um país, utiliza-se a expressão risco país. Cada agência de notação de risco possui uma rating/taxonomia própria. Quanto maior for a probabilidade de moratória do agente, pior será a sua nota ou a sua classificação. Geralmente, utiliza-se a escala A, B, C, D. Na escala da Moody, a melhor classificação é Aaa; a pior é C. Notas acima de BBB- ou Baa3 dão ao agente o grau de investimento, enquanto que os classificados abaixo dessa nota recebem o grau de especulação ou lixo.

Mesmo que existam muitas agências de rating espalhadas pelo mundo (todas privadas), apenas quatro (a Fitch, a Moody’s, a Standard & Poor's, todas norte-americanas, e a canadiana DBRS) são reconhecidas mundialmente para avaliar o risco de estados e empresas e tem magnatas como Carlyle ou Warren Buffet como alguns dos grandes investidores.

Para entendermos do porque a China estar furiosa, é que um dos problemas é que sendo empresas privadas cujo objectivo é o LUCRO, e cobram comissões as avaliações de riscos aos estados/empresas o que traz, então, um conflito de interesses: uma empresa paga a agência para ser avaliada, e a agência, para manter o cliente, pode fazer uma análise mais positiva dessa empresa. E Isto foi visto durante a crise financeira de 2005-2007 onde se viram muitas agências de notação trabalhavam sobre títulos e produtos financeiros que mal conheciam o verdadeiro risco. Como as avaliações eram dadas notas artificiais e inflacionadas, quando chegou a altura de cobrar muitos títulos ficaram sem pagamento para os seus detentores por inadimplência dos países emissores. A crise criou um problema de credibilidade destas agências, e um problema que se mantem até hoje

Outro problema é  quem financeiramente supervisiona financeiramente estas agencias, são os governos onde têm as suas sedes, e as das quatro mais importantes três são reguladas nos EUA. Existe uma dependência em relação ao poder político onde estão sediadas a quem prestam contas o que não há em relação a outros países. E a forma como se avalia determinados países pode ser influenciada pelo tipo de poder do dia, neste caso a administração Trump e o seu “America First”.  Daí que seja pouco provável que estas agencias se atrevam a dar uma avaliação de “lixo” aos EUA como deram a vários países nu mundo incluindo Moçambique.  Como as agencias de rating não são todo-poderosas na economia mundial ou nas economias onde estão domiciliadas, precisam do poder político. Neste caso, o poder que a Moody detêm em relação a qualquer estado decorre das regras determinadas pelo governo dos EUA. E quando a Moody diz, por exemplo, que só compre activos de um país se a classificação/notação for acima de "lixo", o que estão a fazer é delegar uma grande e todo-poderosa influência. Mas é o Governo dos EUA que confere a esta agencia de rating o poder que têm, o de secar a torneira do crédito a um determinado país. Esta actuação da Moody pode também ser lida como um instrumento político de pressão financeira sobre os estados igual a que foi dada através do Banco Mundial e FMI. Ao dar esse poder às agências de rating estão a dizer aos estados-membros para se comportarem de determinada maneira ou, em alternativa, a alterar o comportamento financeiro desses países, o que lhes condiciona muito a sua política financeira. Preocupações de que estas agencias podem não estar agindo de forma isenta , pode ser o que originou o enfurecimento da China.

Como a escala, no mínimo, significa alta probabilidade de não pagamento das dívidas dentro do prazo acordado e, no topo, total capacidade de pagamento, uma letra ou um conjunto de letras com um mais ou um menos à frente são suficientes para destruir toda uma economia, todo um país, toda uma população, ter de mudar de vida e apertar o cinto, daí o poder enorme destas agências de notação financeira.

Para quem investe dinheiro é essencial ter uma noção do risco de um país/ empresa em relação a outras ou até de o risco relativamente ao futuro. Ao emprestar dinheiro à país/empresa, o investidor pretende ter de volta o capital. Os títulos de dívida do país/empresa podem ser assim comparados pelos investidores, tendo em conta o risco. Quanto mais arriscados os investimentos, maior a taxa de juro que o devedor pagará, é essa análise que os investidores decidem se investem ou não.

A evolução do rating/taxonomia de uma crise é observada através da dinâmica da dívida e do défice orçamental tomando como base os limites de Maastricht (100%) como um limiar crítico para a sustentabilidade como referência. A combinação do rácio da dívida em percentagem do PIB (D) com o saldo corrente em percentagem do PIB (SO) permite a caracterização da situação de um país tendo uma dívida: 
A dívida é INSUSTENTÁVEL quando é [D > 100 e SO > 3];  
A dívida é  CRÍTICA quando  [D > 100 e SO < 3 e D < 60 e SO > 3];  
A dívida é PREOCUPANTE quando [D > 60 e SO < 3, D < 60 e SO > 3];
A dívida é  CONFORTÁVEL quando [D < 60 e SO < 3]

Olhando a definição de como se faz o rating, a dívida da China em % do PIB  (D) é  de 42.90% e o Saldo Orçamental (SO) é  -3.80. Ou seja, com as receitas do Estado situados +-$16 Biliões, o país gasta (gastos públicos) +-$18 Biliões o que cria um salto negativo digamos de $2 biliões, com um risco de crédito 79.5. As cinco ultimas classificações da Moody foram Novembro 2009-A1 positivo, Novembro 2010-Aa3 Positivo, Abril 2013-Aa3 estável, Março 2016  Aa3 negativo, e Maio 2017-A1 estável.

Se comparamos a China das outras duas principais economias do Mundo, Japão e EUA, veremos que: a dívida do Japão em % do PIB  (D) é  de 250%e o Saldo Orçamental (SO) é  -4.50. Ou seja, com as receitas do Estado situados +-$16 Biliões, o países gasta (gastos públicos) +-$106 Biliões o que cria um salto negativo digamos de $44 biliões, com um risco de crédito 77.6. A ultima classificação do Moody é de A1 estável em Dezembro de 2014, precedida da de Agosto 2014-Aa3 estável, Maio 2011-Aa2 negativa sob vigilância, Fevereiro 2011-Aa2 negativa e Maio 2009-Aa2 estável;  e a dívida dos EUA em % do PIB  (D) é  de 104.17% e o Saldo Orçamental (SO) é  -3.20. Ou seja, com as receitas do Estado situados +-$455 Biliões, o países gasta (gastos públicos) +-$18 triliões o que cria um salto negativo digamos de $18 triliões, com um risco de crédito 97.00 %.00. A ultima Classificação do Moody foi em Junho de 2013-Aaa Estável, precedidas de Agosto 2011-Aaa negativo, Julho 2011-Aaa negativo sob vigilância, Fevereiro 1949 Aaa estável. Lembremos que a ultima crise financeira e recessão dos EUA foi nos anos 2005 a 2007 (criado pelos Lehman Brothers durante a administração W. Bush) e Administração Obama debelou de 2008 a  2012.  

Apesar de não ter nada a ver com este post, abriria um parêntesis aqui para termos uma ideia do porque a China esta furiosa com o rating da Moody, vamos ilustrar as classificações que ela deu a Moçambique: Julho 2016-Caa3 negativa sob vigilância, Maio 2016-Caa1 negativa sob vigilância (a famosa de lixo), Abril 2016 Caa1 estável, Março  2016 B3 negativa, Dezembro 2015-B2 negativa sob vigilância, Agosto 2015-B2 negativa, Setembro 2013-B1 estável. A divida de Moçambique que se estima que esteja a 135% do nosso PIB, ou seja $11 biliões (e não quero discutir a legalidade da mesma aqui), foi maioritariamente contraída por causa de factores como  globalização e liberalização financeira mundial que permite práticas de alto risco nos mercados de crédito encorajadas pelas condições de crédito fácil e barato. Foi a existência de crédito fácil  (dinheiro a mais para emprestar) no mercado internacional que levou o governo a dar aval aos empréstimos contraídos pelas empresas PROINDICUS, EMATUM e MAM aos bancos Credit Suisse International e VTB Capital, em mais de $2 biliões. Quando existe muito dinheiro para emprestar que os bancos são capazes de te empurrar para contrai-lo, o problema será sempre como pagar.

Voltando o essencial deste post, os títulos da dívida soberana da China eram considerados mais ou menos seguros, isto é, a capacidade do Governo Chinês para pagar a divida, que diga-se de passagem é até  maioritariamente de investidores internos. O que era inquestionável desde 1898 (ano do massacre de Tiananmen), a capacidade da China pagar a sua divida, foi posto em causa pela Moody. O principio é as agencias de rating não mexem a classificação de risco de crédito de um países só por mexer. Quando mexem é prenúncio de que há problemas.

A Moody não acredita que o rácio de dívida, total e acumulada da China seja sustentável, ou seja,  a Moody não acredita no crescimento económico da China continue nos actuais 7% a 10%. E sendo uma economia virada também as exportações, a sua desaceleração deixaria um excesso a sua capacidade industrial e imobiliária o que põe nervoso todo mundo.  Uma desaceleração de uma economia com tentáculos mundiais como a China que é detentora de títulos das dividas soberanas   de países como os EUA já podemos imaginar o reboliço que isto esta causar. 

Por outra lado, se esta classificação, diga-se  de passagem está muito longe dos níveis de inadimplência, for infundada reacende o debate que os europeus uma vez disseram que iriam criar as suas próprias agencias de rating para não ficar dependente das avaliações das americanas, que noutras vezes  falham nas suas avaliações o que põe em risco a sua credibilidade. Por exemplo, a credibilidade e independência das agências de rating falhou durante a crise financeira que começou nos Estados Unidos em 2005-2007 com as especulações super elevadas no sector imobiliário ou quando a Islândia que, tendo um rating muito elevado, entrou em bancarrota por estar em situação de inadimplência muito agudo. É disso que poder estar a levar que a China esteja furiosa e questione a relevância dessa avaliação se bem que nenhum mercado ou país seja obrigado a aceita estes ratings.