A crise diplomática no Golfo Pérsico, sobre a Arábia Saudita e companhia acusarem o Qatar de financiar o terrorismo, está alastrar-se num incidente Internacional cuja a resolução será ditada pelo poderio financeiro, ou seja, de quanto dinheiro se tem para comprar alianças. U
Com a recente compra ou encomenda de armas aos EUA pela Arábia Saudita no valor de $110 biliões é visto como uma tentativa de liderança do mundo árabe e contrapor a hegemonia Iraniana na região num conforto e imbróglio muito mais do que as tradicionais linhagens shiias-sunitas.
Com o Kuwait a liderar a mediação regional, pode ser intrigante que, sendo o terrorismo um problema global mas particularmente ampliado no Ocidente, do porque o Ocidente(EUA, UE, UK, Canadá, etc) não apoiou o grupo liderado pela Arábia Saudita e declarar sanções contra o pequeno estado do Qatar, que em termos de água, alimentação e até o ar que respiram, vem por terra através dos vizinhos Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos que se resume numa única palavra: DINHEIRO.
Sim, isso mesmo, tanto o Qatar como a Arábia Saudita, tem tanto dinheiro, mas tanto dinheiro, que ninguém, nem mesmo o poderoso EUA se atreve a alinhar com um e alienando o outro. O POTUS, baseado-se na sua experiência do seu famoso livro "art of deal" oferece-se a mediar. Tomara. Não vá uma guerra entre aliados na região (EUA tem tropas em ambos países e só para recordar que a maioria dos prisioneiros transferidos de Guantánamo na anterior administração estão no Qatar) vai por em perigo os $480 biliões ($110b para armas e o restante para comércio) assinados aquando da sua primeira deslocação ao estrangeiro, o seu sonho de"America first" e comprometer a retomada do crescimento económico e criação de empregos nos EUA.
Mas o assunto é tão complicado e promíscuo, visto que entre a acusação do Qatar fomentar o terrorismo, está a sua ligação contra o Irão. Se a Arábia Saudita e a Turquia estão contra o regime do Assad na Síria que é apoiado pelo Irão, a Turquia está a fazer a ponte aérea fornecendo alimentação necessária ao Qatar, furando assim o bloqueio Saudita e dos Emirados Árabes Unidos que são os vizinhos imediatos e significativos neste caso para o Qatar.
Aqui fica evidente que, apesar de se suspeitar que o Qatar comprou a realização do Mundial de futebol 2022 e de ser violador dos direitos humanos, incluindo o tratamento como cães e imoral aos trabalhadores que estão a construir os famosos estádios que pela primeira vez terão ar-condicionados (mesmo assim é tão quente que se jogará a noite e no mês de dezembro) pela Aministia Internacional, e algo que ditou o afastamento de Joseph Blatter da FIFA, ninguém se atreve a tocar o Qatar devido aos seus Petro-dólares.
O que não se entende também é que uma das acusações do Qatar financiar o terrorismo é o seu apoio ao Hamas que governa a Faixa de Gaza na Palestina, grupo considerado terrorista pelos Estados Unidos, mesmo assim, os EUA não se interessam em perseguir o Qatar, o que sustenta a nossa tese de o dinheiro e o ciúme é que criaram esta crise, o Ocidente irá pressionar os árabes a se entenderem com os olhos no dinheiro deles e depois continuarão na retórica de luta global contra o terrorismo. Nesta era da administração Trump, tudo se resume em dinheiro. Quanto mais grossa for, em termos de cifrões monetários, a sua assinatura, certamente terá muitos amigos nos G7.
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