Sunday, 23 July 2017

Cahora Bassa é o futuro no Desenvolvimento de Moçambique


Com Cahora Bassa com a capacidade de produção de 2075 Megawatts de energia, Moçambique pode ter a maior barragem hidroeléctrica da África austral até hoje. 


Essa liderança regional pode ser ultrapassada por Angola quando este concluir em 2018 a barragem de Laúca que terá a capacidade de produção de 2070 Megawatts, que se ligadas às barragens de Capanda com 520 Megawatts e Cambambe com 960 Megawatts, dará a Angola uma capacidade de produção hidroeléctrica de 3550 Megawatts, passará a ser um gigante energético da região austral. 
Isto, já que África do Sul, em termos de capacidade hidroeléctrica só produz cerca de 1000 Megawatts, muito aquém das necessidades do país. Ou mesmo a da barragem de Kariba que tem uma capacidade instalada de 1600 Megawatts, mas que dadas as suas características não consegue reter água suficiente para produção de energia na sua máxima capacidade.

Dado que 75% da energia elétrica produzido por Moçambique se destina a exportação, Angola com este massivo investimentos na produção de energia hidroeléctrica, tem também os olhos na venda da mesma para a região austral e central africana. 

Daí que urge a necessidade de Moçambique avançar com os investimentos para aumentar a capacidade de HCB para os 3320, construindo a Central Norte da HCB prevista ter a capacidade instalada de 1245 Megawatts na zona de Mpanda Nkuwa. 
Só a construção de Mpanda Nkuwa vai fazer com que Moçambique continua líder energético regional, uma vez que as necessidades internas irão necessariamente subir para além dos 25% que a Cahora. Bassa pode dar. 

Mas, para a EDM, o desafio não é só aumentar a produção daa HCB, mas o de "esticar os fios" até todas as localidades e postos administrativos. 


Digo isto porque algumas assimetrias regionais fazem com que distritos como Milange, tenha que consumir a energia que vem do Malawi e não a rede nacional da EDM. 
Só quando todas às casas em Moçambique forem iluminadas pela EDM, independente quão rurais estejam, teremos um país a caminhar para o desenvolvimento. Todavia, até lá, penso que irão introduzir o debate da privatização da produção e distribuição de energia, como aconteceu com a LAM. Aí teremos, como consequência do capitalismo selvagem, várias operadoras a competir para conectarem o nosso CREDLEC e aí, aí podemos ter a certeza que perdemos a nossa soberania! 😉😱😏📡

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