Tuesday, 2 April 2013

Papa Francisco: O nascimento de uma Nova liderança

Quebrando com a tradição da igreja católica, o Papa Francis lavou e beijou os pés de uma jovem muçulmana mulher que se encontra a cumprir pena na prisão Casal del Marmo em Roma, marcando uma viragem sem precedentes na tradição Papal na Quinta-feira Santa. Se bem que é tradição Papal de há seculos, lavar e beijar os pés dos fiéis em conflito com a lei (a cumprirem penas em prisões) no dia que antecede a sexta-feira Santa, nunca antes do Papa Francisco nesta Pascoa, um Sumo Pontífice tivesse lavado e beijado os pés de uma mulher antes, e muito menos tivesse lavado e beijado os pés que não fossem crentes católicos. Ao lavar e beijar os pés da jovem muçulmana Sérvia numa prisão de Roma, marcou enormemente a quebra das tradições e mostrou a vontade do novo Papa Francis de implementar reformas na igreja, e não há nenhum melhor modo de mostrar o seu serviço para com os menos afortunados e pobres, no início do seu pontificado. Ao lavar e beijar os pés de 12 prisioneiros (12 apóstolos) com as idades de 14 a 21 anos, entre as quais 2 mulheres, não é só um ritual do Papa Francis, mas um sinal positivo da igreja e na vida dos crentes que esta por vir. Isto porque, como em qualquer lado, a Igreja católica tem a “ala dura” que provavelmente pode ter ficado irritada com a inclusão de mulheres neste ritual, e também inclusão de não católicos e logo muçulmanos, não só por casa da crença de que os 12 apóstolos eram todos homens, mas a guerra religiosa atual liderada pelo Irão, onde o fundamentalismo islâmico é cada vez mais radical e intolerante. Mas desenganem-se os que pensam que o Papa Francisco é sol de pouca dura, pois seus correligionários já receberam o aviso de priorizarem aos pobres. No novo Evangelho do Papa Francisco, propaga-se uma igreja que chegue onde estão os pobres, onde se derrama o sangue, onde se faz vista grossa das injustiças do mundo, onde estão os milhões que sofrem as injustiças e crueldades das lideranças terrenas. Estes repetidos apelos do Papa Francisco, soam que nem uma aclamação da necessidade do cumprimento dos Objetivos para o Desenvolvimento do Milénio e eliminação da Pobreza. Soam como se o Vaticano tivesse assinado esses objetivos e fosse lutar para com que os mais de 1 bilião de católicos e todos os 7 biliões de seres humanos que habitam no planeta terra, pudessem sair da pobreza e deixassem de sofrer quaisquer tipo de violência e descriminação, incluindo violência contra a mulher. Isto também mostra que o Papa Francisco não esta só, e aceitando que ele não se transformou agora que foi eleito Papa, mas que os dois terços que o elegeram, sabiam o que ele era, quer isso dizer que na igreja, há muitos querem ver reformas e poderemos não ter até um Concílio Vaticano III, mas certamente teremos "um momento de reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com o mundo", como classificou o Papa João Paulo II em 1995. Como agora, urge a igreja fazer uma "reflexão global" para que a Igreja seja cada vez mais "a fidelidade ao seu Deus. Mas este impulso, que passou pela eleição de uma Papa não Europeu, vem também das grandes mudanças do mundo contemporâneo, que, como “sinais dos tempos”, exigiam ser decifradas à luz da Palavra de Deus. O papa Francisco não esta a convocar um Concílio Vaticano III, através da bula papal (Humanae salutis), como fez o Papa João XXIII, mesmo porque o tempo é muito curto para a realização de outro Concilio Vaticano, mais a mais porque a interpretação das 4 constituições, 9 decretos e 3 declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio não foi concluída e nem totalmente entendida. O Papa Francisco não esta convocar 2000 Prelados de todo o mundo para discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. Ele esta a convocar a humanidade inteira a repensar a si própria, os problemas que os humanos se causam a si próprios, que os levam a autodestruição. É um debate onde todos devem participar a procura da solução, visto que muitos que se intitulam expertos de soluções contra a pobreza e participaram na discussão dos Objetivos para o Desenvolvimento do Milénio e eliminação da Pobreza até 2015, agora, a menos de 2 anos para a data limite que o conhecimento os indicava, agora surgem com adiamentos, para mais 15 anos da continuação das imagens de terror, onde cada vez mais crianças, não conseguem ir a escola, cada vez mais mulheres são violadas somente por serem mulheres, cada vez mais [pessoas passam e morrem a fome quando toneladas de alimentos são jogados ao mar, só para não baixarem os preços dos alimentos, cada vez mais o homem busca subterfúgios para se auto aniquilar por interesses inconfessáveis… O Papa Francisco tem repetidamente pregado nas suas missas na Basílica de São Pedro, que não é através das “rezas, meditações, contemplações, autoanálise ou introspeção constante que encontramos o Senhor nosso Deus”, mas sim indo ao seu encontro mudando a face da Pobreza, por outras palavras, eliminando a pobreza da face da terra, pois ela mostra o sofrimento de Deus, que nos causamos a sua imagem e semelhança.

No comments:

Post a Comment