Monday, 16 February 2015

Ilações da Eleição de Filipe Jacinto Nyusi e a Liderança de Armando Emílio Guebuza!


Há quem tenha ficado surpreendido e boquiaberto com a eleição de Filipe Jacinto Nyusi para o cargo de Candidato da FRELIMO para as eleições Presidenciais de 15 de Outubro de 2014. E, dado o potencial da FRELIMO, tudo indicava que Filipe Nyusi seria o próximo inquilino da Ponta Vermelha. Todavia, tudo isto é graças a liderança de um Homem: Armando Emílio Guebuza, que se lhe reconhece uma visão de não criar líderes, mas descobrir habilidades e capacidades de liderança nas pessoas e providenciar o caminho para eles brilharem ou para porem as suas capacidades e habilidades em prática. Senão vejamos:

A primeira ilação. Dos três prés candidatos, Filipe Nyusi, era o que menos experiência ministerial tinha. Os outros dois candidatos (Pacheco e Vaquina) já tinham tido pastas governamentais há mais tempo que Nyusi, incluindo aos outros candidatos (Luisa Diogo e Aires Aly). Mas, contrariamente ao que se pensava no início, a nova liderança de Filipe Nyusi não é uma nomeação de Armando Emílio Guebuza, ou da elite da FRELIMO, mas ela emergiu da capacidade que é intrínseca ao próprio Nyusi, que aproveitou a Liderança de AEG como Presidente, que teve uma liderança que não pressuponha ter todas as respostas, mas uma liderança que procurava empoderar outros.

FJ Nyusi, aproveitou a mudança de gerações na FRELIMO, por ser esta a primeira vez que o país irá ser governo por um não combatente ou fundador da FRELIMO. Ao Contrario de Samora Machel que tinha 31 anos em 1964 e 41 em 1975; Joaquim Chissano que tinha 25 anos em 1964 e 35 em 1975; e Armando Emílio Guebuza que tinha 21 anos em 1964 e 31 anos em 1975, quando iniciou a Luta Armada de Libertação Nacional em 1964, Nyusi tinha apenas 5 anos quando a Luta Armada de Libertação iniciou em 1964 e aquando da independência em 1975, o futuro Presidente de Moçambique, FJ NYUSI tinha 16 anos. Certo que ele é foi forjado nas escolas da FRELIMO, mas esta é a principal mudança radical, onde temos o primeiro Presidente que não foi Actor principal na Luta de libertação Nacional.

Nenhum dos cinco candidatos (Nyusi (55 anos), Alberto Vaquina (53 anos), Aires Aly (58 anos), Luisa Digo (56 anos) e José Pacheco) pode se queixar de falta de apoio do Presidente AE Guebuza. Todos tiveram o mesmo apoio e, mas do que tudo, tinham a certeza que AE Guebuza não mudaria a Constituição e não iria se recandidatar. Ainda assim, alguns destes e outros, queriam que AE Guebuza os carregasse no colo e lhes entregasse a cadeira da Ponta Vermelha de Mão-beijada. E a vitória de FJ NYUSI mostra que por detrás daquelas habilidades tecnocratas, ele é líder de verdade. Era o menos vaticinado nas análises políticas, por não ser membro da Comissão Politica, e nem ser membro do Comité Central mostra que ele não ficou a espera de instruções dos mais altos níveis (Comissão Politica ou Comité Central), mas tomou decisões que lhe permitiram fazer o que dele se esperava para servir ao povo.

E AE Guebuza não seria um grande líder a menos que se sentisse genuinamente feliz no sucesso daqueles que trabalham consigo. E a vitória de FJ NYUSI monstra que não se deve ter duvidas que um grupo de cidadãos pensadores e comprometidos com a causa do povo como são a Comissão Politica da FRELIMO podem mudar o mundo, e é única coisa que eles poderiam ter feito. E FJ NYUSI venceu não porque tinha um plano estratégico, ele convenceu os camaradas dizendo “Eu estou pronto para materializar o vosso sonho” para todos os Moçambicanos e criou essa cruzada da sua eleição de candidato da FRELIMO em 2014 onde todo o povo passou a confiar nesse mesmo ideal. FJ NYUSI foi as urnas e mostrou que tem confiança do povo. Senão vejamos: ganhou numa diferença de mais de 1 milhão de votos a Afonso Dlhakama (61 anos e cinco eleições presidenciais consecutivas perdidas) em que muitos analistas vaticinavam ter carisma, “animal político”, etc. mas que nas urnas, o povo decidiu na continuidade do mesmo ideal. A vitória de FJ Nyusi monstra que ele aceitou a vida como ela é – um desafio a nossa qualidade sem a qual nunca saberíamos de que material somos feitos, ou crescer e atingir a nossa máxima estatura.

A diferença entre FJ Nyusi e Luisa Diogo, reside no facto que esta (Diogo) é uma boa gestora que faz as coisas e segue um plano estratégico, mas em termos de liderança é fraca, não move multidões a sua volta. Mesmo entre as mulheres, são poucas que seguem Luisa Diogo, mas admiram o seu trabalho como administradora. E neste processo de sucessão que dura há mais de 9 anos (desde que AEG foi eleito no seu primeiro mandato em 2005), o Presidente AEG não fez mais do que criar oportunidades, libertar o espirito criador e potencial, remover obstáculos, encorajar o crescimento, e providenciar uma orientação daqueles que mostravam qualidades presidenciáveis, e quem percebeu estes ensinamentos do líder conseguiu a indicação da sucessão.

FJ Nyusi acreditou primeiro em si próprio, tinha a maior autoestima e sendo invisível (como muitos cegos o apelidam), conseguir ser indicado como sucessor de AE Guebuza, monstra mesmo que ele é líder e venceu as eleições Gerais de 2014 com 57% e não precisou de uma segunda volta para derrotar copiosamente Afonso Dlhakama que só teve 36% dos votos. AE Guebuza é um verdadeiro líder porque é um mercador da esperança, fala da imaginação colectiva de todos os 24 milhões dos moçambicanos, e nos galvaniza a embarcarmos nesta gigantesca aventura da luta contra a pobreza e havemos de vencer. AE Guebuza como líder inspirou pessoas e motivou o povo a não só sonhar, mas a fazer algo para além dos motivos pessoais e egoísticos, para nos transcendermos a nos próprios, e os resultados que AE Guebuza teve é que conseguiu que o povo investisse em si mesmo e cada um lutasse para melhorar a sua própria vida, deixasse de estender a mão e fosse a luta.

Uma coisa boa nesta sucessão é que FJ Nyusi é um gestor da primeira linha. Todo o criticismo que foi feito a AE Guebuza sobre a sucessão, foi feito injustamente, porque desenvolver a capacidade das pessoas para posições importantes de liderança como as Chefe de Estado, requer um trabalho de equipe por um período de tempo muito longo, e alguns não conseguem passar o teste, e José Pacheco e Aires Aly são sinónimos disso, onde o primeiro até foi apontado como sucessor de Presidente Joaquim Chissano. Ele foi um dos primeiros que AE Guebuza identificou na sua sucessão e não passou o teste, porquê é um bom gestor e não líder. O trabalho para identificar o sucessor de um Chefe de Estado começa com esforços para identificar pessoas que sendo invisíveis para a maioria, são diamantes que podem ser lapidados e preparados para a função de Chefe de Estado que requer que tenham um grande Potencial de Liderança. Quando se tirou FJ Nyusi dos quadros seniores dos CFM para Ministro da Defesa (como civil), poucos perceberam que AEG já tinha visto o potencial de liderança deste e que nestes 4 anos estava a fazer o que era necessário para ajuda-lo a crescer e desenvolve-lo. O que povo pediu NYUSI & FRELIMO nestas eleições de 2014, é que consolidem as mudanças, criem mais confianças nas suas acções governativas e promovam o desenvolvimento mais inclusivos… para que a liderança de NYUSI & FRELIMO seja legitimada no dia-a-dia da construção deste país.

No meio da minha pequenez, as vezes esqueço quão grande é o poder Deus! Para o meu DEUS nada é impossível!

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