Quando vejo notícias como esta https://expresso.pt/internacional/2018-12-19-Divida-queniana-pode-levar-China-a-penhorar-maior-porto-do-pais#gs.9mKDE6U em que a "penhora de
um porto comercial poderá ocorrer caso um país com um Governo soberano como do
Quénia não consiga pagar o empréstimo contraído para a construção de uma linha
férrea entre Mombaça e várias cidades Quenianas," penso no que aconteceu
na Zâmbia e pode acontecer em Moçambique.
A Maior Ponse Suspensa de África |
O Quénia
corre o risco de perder o porto de Mombaça, o maior da África Oriental, para a
China, por não conseguir honrar com os compromissos das obrigações ao Banco de
Exportações e Importações da China (BEIC) que emprestou 90% dos $3.8 Biliões em 2014 e um
empréstimo adicional de $1.5 Biliões
para expandir em 120 km a rede ferroviária no ano seguinte. Só com esta
empreitada ferroviária, o Quénia projectou a China na posição de seu maior
credor com uma fasquia de 22% dos mais de €20.6 Biliões da dívida externa
do país.
A Construção da Ponte Maputo-Katembe custou $786 Milhões |
Atendendo que
o Sri Lanka foi obrigado em 2017 ceder o porto de Hambantota a China por
um período de 99 anos por não conseguir honrar com as suas obrigações do
serviço da dívida para com a China e o mesmo aconteceu com a Zâmbia em Setembro
de 2018, que foi obrigado a ceder o seu aeroporto
internacional, fico com receio que o mesmo venha a acontecer em
Moçambique com a construção da ponte
Maputo-Katembe.
Será que Moçambique
vai conseguir pagar os $786 milhões
de dólares que custou a construção da ponte + juros só com pagamento das
portagens? Atendendo que os $786 milhões de
dólares, não é o único dinheiro que pedimos emprestado a China. Dado a
característica secretiva e pouco transparente com que a China faz negócios, não
será que a China já se tornou, como no caso da Zâmbia, Quénia e o Sri
Lanka, também no maior credor da dívida de Moçambique estimada em $10.6 Biliões a 31 de Dezembro de 2017, o que representa 82% do PIB? É que só a ponte Maputo-Katembe representa quase 10% da Dívida externa do País
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