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Saturday, 13 June 2020

SARS-CoV-2 em África: Nada de pânico, vamos gerir a pandemia da COVID19 sem ignorar as outras pandemias que grassam o continente negro


O cartoon mostra o debate da pandemia COVID19 lá na Banda... 
 Mas, apesar de Angola não ser um dos países mais afectados pela pandemia de HIV/SIDA, o que retrata o cartoon é a realidade em muitos países...
Tratamento desigual das Pandemias
Tratamento desigual das pandemias

No Caso de Moçambique, temos 2.2 milhões de pessoas infectadas pelo HIV/SIDA e que necessitam de anti-retrovirais toda a vida, e quase cerca de metade destes pacientes que deviam estar no TARV, não estão, e contribuem para as mais de 130 Mil novas infecções de HIV que o país regista por ano... e uma vez que a Pesquisa realizada na África do Sul, que é uma realidade bem próxima a nossa, mostra que Pessoas Vivendo com HIV são quase três vezes mais propensas a morrer do Novo Coronavírus se contraírem a COVD19 do que aquelas sem essas co-morbidades, independentemente de estarem tomando medicamentos anti-retrovirais...Estudo Sul Africano.

Até agora (12 de Junho) Moçambique tem 509 casos de infecção da COVI19 confirmados dos quais 145 curados e 2 óbitos... Não falo da malária, que é endémica e mata mais em Moçambique que todas doenças juntas...
Não nego a urgência, pertinência e prioridade que se dá ao SARS-CoV-2, mas há que ver onde e como alocamos os parcos recursos que temos de forma equitativa/equilibrada de modo a não acordarmos amanhã com um dos problemas das antigas pandemias que grassam o país com níveis ainda maiores...
As vezes penso que a linguajar da COVID19 de Cancelado, Fechado, Adiado, Quarentena, Lockdown, Fica Em Casa, Lavar As Mãos, desinfectante, Máscaras Cirúrgicas, Distanciamento Social, isolamento domiciliario, Confinamento, Nível 3 e Nível 4, vem reforçar estereótipos fazer com que nos assustemos a toa...
Neste momento em África importa perceber que a propagação da pandemia não tomará os mesmo modelos dos países Ocidentais, não sabendo as razões, importa seguir os casos de alguns países:

Tanzânia tem 509 casos de COVID19 com 21 óbitos e 183 curados e decretou o fim da pandemia

Guiné Bissau tem 1.460 casos de COVID19 , dos quais 71 novos casos de sexta-feira dia 12 de Junho, com 15 óbitos e 200 curados, o que representa uma taxa de 10.48% (1 em cada 10 infectados é curado) e com os seus 15 óbitos, o país tem uma taxa de mortalidade de 1.03%.

Madagáscar, mesmo com o chá da calcinha, aka da COVID19, tem 1203 casos de COVID19 com 10 óbitos e 312 curados, o que representa uma taxa de 25.94% (2 em cada 10 infectados é curado), o que é paradoxal para quem fala de ter um medicamento de cura (atenção que não estou a falar mal da Artemísia: A alegada cura milagrosa para a Covid-19 através do chá "O COVID Organics"
Madagascan President affirms that his country has discovered a ...
luta de titãs africanos: Tedros Adhanom vis-avis
Andry Rajoelina
África do Sul, mesmo com os $26 biliões que Cyril Ramaphosa injectou na economia para pagar salários e ajudar nas cestas básicas dos pobres e desempregados temos, 61.927 casos de COVID19 (dos 3.350 são novos casos do dia 12 de Junho), dos quais com 1.354 óbitos (70 dos quais ontem) e 35.006 curados, o que representa uma taxa de 56.53% (5 em cada 10 infectados é curado) e uma taxa de mortalidade de 2.19%. Daí que a  alta prevalência de HIV e TB na África do Sul seja vista como uma das principais vulnerabilidades potencialmente para o país neste ataque da pandemia do Novo Coronavírus, com preocupação de que a pandemia esta a ser exacerbada na sas taxas de mortalidade pela pandemia do HIV e TB que grassam a África do Sul. De lembrar que a África do Sul tem cerca de 7,8 milhões de pessoas infectadas pelo HIV, o que causa o SIDA, e cerca de 300.000 pessoas têm TB.

Angola tem 130 casos de COVID19 com 5 óbitos e 42 curados, o que representa uma taxa de 32.31% (igual a Moçambique, 3 em cada 10 infectados é curado), mas com uma taxa de motalidade maior de 3.85% se comparado com 0.41% de fatalidades de Moçambique. Se quise-se ser sensacionalista, poderia dizer que se morre mais de COVID19 lá na Banda do Atlantico do que na Pérola do Índico, mas são só 5 óbitos contra 2 e taxas de infecção estão a subir com os surtos locais da pandemia a chegarem nos mukifus do kimbos ou sanzalas do sítio...   

Guiné Bissau tem 1.389 casos de COVID19 com 12 óbitos e 200 curados, o que representa uma taxa de 11.02% (1 em cada 10 infectados é curado)

E, quanto a mim, o melhor de todos Zâmbia, tem 1.200 casos de COVID19 com 10 óbitos e 912 curados, oque representa uma taxa de 76% (7 em cada 10 infectados é curado)

No caso de Moçambique, num contexto em que não existe vacina e a prevenção é feita através das mascaras cirúrgicas e higienização das mãos, tenho de admitir que com 509 infectados e 144 curados, temos uma taxa de recuperação/cura de 29.45%, ou seja 3 em cada 10 infectados são curados. Apesar de ser uma cura lenta, o país tem uma taxa de mortalidade muito baixa (0.41%), se tomarmos em conta que têm 2 óbitos dos 509 casos confirmados, num contexto de extrema vulnerabilidade das infra-estruturas de saúde. Todavia, similarmente com a África do Sul, Moçambique tem uma população de 2.2 milhões de pessoas HIV positivas, o que é imperioso de que o acesso aos serviços de saúde para estas pessoas seja assegurado como prioritário nos tempos da COVID19. Isto é muito importante, uma vez que que alguém que seja HIV positivotem 3 vezes mais propenso de morrer quando infectada pelo Novo Coronavírus do que alguém sem comorbidades, de acordo com o estudo que citamos acima.

A questão mesmo é como um país consegue gerir a pandemia da COVID19 sem se assustar a toa...

Tuesday, 14 July 2015

MOÇAMBIQUE, 40 ANOS DE INDEPENDÊNCIA NACIONAL, PORQUE DEVEMOS CELEBRAR FILIPE NYUSI?

MOÇAMBIQUE completou a 25 de Junho 40 anos da sua independência, o momento que marcaram as celebrações da nossa independencia foi sem dúvidas o reacender da Chama da Unidade Nacional que percorreu o país transportado de mão-em-mão pelos moçambicanos do Rovuma ao Maputo. Para mim, este reacender da Chama pelo Presidente Filipe Nyusi, ladeado pelos seus predesucessores Armando Guebuza e Joaquim Chissano no mesmo local que o Saudoso Presidente Samora Moises Machel e Pai da Nação Moçambicana fizera há 40 anos atrás é uma renovação que os moçambicanos devem celebrar e se orgulhar muito.
É certo que, como vaticinado pelo falecido Mwalimu Julius Nyerere que Moçambique se encontrava no Mar Alto no pós independência nacional, a 25 de Junho de 1975, mas com o remar e as braçadas de cada um dos 24 milhões de moçambicanos vamos ultrapassando cada onda tenebrosa ou empecinho nesse mar agitado no processo da construção da nossa Moçambicanidade.


É certo que existem ainda problemas, especialemente relacionados com as bolsas de pobresa que afligem o nosso país, elevando índice de gravidezes na adolescencia que fazem com que cada vez mais raparigas deixem de estudar, muitas crianças fora da escola, muitos jovens desempregados, mas estes são obstáculos que este povo heroico e sempre determinado "da pátria amada" movido pelo sonho e a visão do arquitecto da Unidade Nacional, Eduardo Chivambo Mondlane pode ultrapassar se tomarmos em conta o que ja ultrapassamos nestes 40 anos não são poucos não. Temos que celebrar, porque foi a tenacidade do povo Moçambicano que derrotou o Colonialismo, o “apartheid”, a guerra de agressão dos 16 anos que criou os MNR. Foi este mesmo povo que perdoa e reconcilia a Renamo depois de 16 de massacres e atrocidades. Foi o povo Moçambicano que deu a sua vida e derramou o seu sangue para termos as conquistas que temos hoje. O sangue que o povo Moçambicano derramado desde o 25 de Setembro, passando por 3 de Fevereiro e 19 de Outubro, onde os inimigos, internos & externos, da nossa Moçambicanidade, tentaram nos demover, mas nada conseguiram para além de nos fornecer mais combustão para que redrobasses o remar e as braçadas para tirarmos o país do mar alto. Todavia, apesar das tempestades como o HIV-AIDS, a crise económica, moratalidade infantil, desemprego, gravidez precoce, crianças de rua, xoconhoquices de vária ordem, que as vezes nos impedem alguns de nós a terra firme, uma reflexão cuidada desdes 40 anos, fazem-nos sorrir e orgulhosos de sermos Moçambicanos.



O ponto fundamental para mim é a esperança que Moçambique é para o continente Africano e para o mundo. Ver 3 Presidentes juntos, a se passarem sucessivamente a tocha e o Presidente em Exercício acenderem a pira olimpica foi emocianante. È algo que não se vé igual em nenhum país de África e não só. Desde 1975, em 40 anos de idependencia, Moçambique conheceu 4 Presidentes (Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi) algo inedito e que o mundo nunca pensou que teria este exemplo vindo de africa. É Um orgulho porque você irmã moçambicana ou irmão Moçambicano contribuiu directamente com o seu remar, para tirar Moçambique no mar alto. Seja pelo seu voto fazendo escolhas acertadas, seja pela sua entrega na escola, no emprego, criando postos de trabalho, ensinando as nossas crianças, defendendo as nossas fronteiras e soberania, ou outra forma qualquer que nos ajude a remar com mais vigos, você deve se sentir orgulhoso.

Moçambique está no mar alto sim, mas temos esperança e devemos celebrar Filipe Nyusi cuja as mãos está no leme com a responsabilidade de nos transportar todos a um porto seguro. Filipe Nyusi como Capitão deste barco onde todos os 24 milhões de Moçambicanos, quer vivam em Moçambique ou na diaspora, não têm uma tarefa fácil, mas em pouco mais de 180 dias no leme deste barco chamado Moçambique, tudo tem feito para que esta viagem rumo ao desenvolvimento seja segura e transportar todos os moçambicanos, sem distinção da crença religiosa ou política, sexo, raça ou outro tipo de descriminação, abraçados, cantando a paz, acenando à unidade nacional e harmonia social, gozando colectivamente o fruto da liberdade. È certo que isto não quer dizer que os desafios acabaram ou que você deve deixar de remar, não. Talvés, a nível individual deva remar ainda com mais força ainda, porque o povo chegou verdadeiramente a Ponta-Vermelha. Devemos nos orgulhar por Filipe Nyusi, porque ha países que estão idependentes há mais tempo que Moçambique e no entanto, só tem no seu historia um ou dois presidentes, ou ainda apesar da idade muito avançada de alguns, não têm outra visão que senão forçar eles mesmos a mais um mandato. Devemos celebrar Filipe Nyusi, porque outros países ainda tentam engenharia constitucionais para manterem o mesmo homem no poder, como se um país por mais pequena população que tenha só existe um único homem com ideias válidas para dirigir os destinos dessa nação.

Todavia, celebrar Filipe Nyusi, não é aceitar engolir sapos a nível social. Celebrar Filipe Nuysi não é atropelar a constituição com desejos de nomear governadores provinciais, aspirando um mandato de que não se tem. Celebrar Filipe Nyusi, não é continuar a atacar populações indefesas em Tete ou cortar a EN1. Celebrar Filipe Nyusi é perceber que Moçambique é uma terra de oportunidades iguais para todos e, com trabalho e dedicação é possível alcançar o seu sucesso individual como cidadão e com ele construir um novo país. Celebrar Filipe Nyusi é uma certeza de que pode ser você, sim você mesmo que esta a ler esta celebração, a receber a tocha de Filipe Nyusi e como Presidente  de então em 2025 para reacender a Pira Olimpica do estádio da Machava com Chama da Unidade Nacional para celebrar as Bodas de Ouro da Nossa independência. Celebrar Filipe Nyusi é também ver, assistir e participar na história de Moçambique a ser feita. Peço a Deus que continue a derramar as suas abençãos sobre Moçambique, ao Presidente Filipe Nyusi e lhe de sabedaoria para continuar a dirigir condignamente os destinos deste país, e a todo o povo Moçambicano a fazer a sua história.